No entanto, este alto funcionário, que pediu anonimato, ressaltou que os Estados Unidos ainda não tomaram a decisão de encerrar conversas indiretas retomadas na segunda-feira em Viena entre iranianos e americanos, e espera que Teerã volte à mesa de negociações em breve "pronto para negociar seriamente".
"O Irã não demonstrou a atitude de um país que pensa seriamente em um rápido retorno" ao acordo de 2015, que visava evitar que Teerã adquirisse a bomba atômica, disse o alto funcionário na capital austríaca.
Segundo essa fonte, enquanto os Estados Unidos mostraram "paciência" nos últimos cinco meses, durante a suspensão das negociações que começaram em abril mas terminaram em junho devido à eleição de um novo presidente ultraconservador do Irã, a República Islâmica de fato "continuou a acelerar seu programa nuclear de forma provocativa."
E, quando finalmente voltou a Viena na segunda-feira para reiniciar as conversas, "foi com propostas que reverteram todos os compromissos propostos pelo Irã" de abril a junho, a fim de "se beneficiar de todos os compromissos assumidos pelos outros e em particular pelos Estados Unidos, e ainda exigir mais", criticou o alto funcionário.
Sob a presidência do magnata republicano Donald Trump (2017-2021), Washington retirou-se do acordo por considerá-lo inútil e brando, e restabeleceu suas sanções contra Teerã, que em resposta liberou gradualmente as restrições ao seu programa nuclear.
O atual presidente americano, o democrata Joe Biden, disse que está pronto para voltar ao acordo se o Irã retomar seus compromissos.
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