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Estado de Minas WASHINGTON

Para EUA, Irã não apresentou 'propostas construtivas' aos diálogos nucleares


03/12/2021 18:09 - atualizado 03/12/2021 18:14

A Casa Branca criticou o Irã nesta sexta-feira (3), ao afirmar que Teerã não apresentou "propostas construtivas" às novas negociações sobre a reativação do acordo nuclear de 2015 em Viena.

"A nova administração iraniana não veio a Viena com propostas construtivas", disse a secretária de imprensa, Jen Psaki, em coletiva de imprensa.

A sétima rodada de diálogos internacionais sobre o acordo de 2015, destinado a frear o programa nuclear iraniano, se encerrou nesta sexta-feira após cinco dias. As delegações participantes voltam a seus países para novamente retomar as negociações na Áustria na semana que vem.

Em junho passado, as partes tinham se despedido com a esperança de um acordo rápido, mas a chegada ao poder do presidente ultraconservador iraniano, Ebrahim Raissi, mudou a situação.

Psaki destacou que nas primeiras seis rodadas foram feitos "progressos", mas que "o enfoque do Irã esta semana, infelizmente, foi de não tentar resolver os problemas restantes".

A secretária de imprensa destacou que o Irã "começou esta nova rodada de negociações com uma nova rodada de provocações nucleares", reportadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Na semana passada, às vésperas do diálogo, o organismo das Nações Unidas destacou que não houve "nenhum progresso" nas conversas com Teerã em disputas sobre o monitoramento do seu programa nuclear.

Segundo Psaki, o Irã "falhou novamente em restabelecer a cooperação e a transparência, que se degradaram nos últimos meses".

Além disso, a funcionária responsabilizou o governo de Donald Trump, que antecedeu o atual presidente americano, Joe Biden, por ter retirado unilateralmente os Estados Unidos do acordo.

Ela disse que esta retirada "levou a uma expansão dramática e sem precedentes do programa nuclear do Irã".

"Isto não pode continuar e o presidente continua acreditando que existe uma alternativa melhor", acrescentou.

O acordo de 2015, chamado Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês), oferecia a Teerã a suspensão de parte das sanções que asfixiavam sua economia em troca de uma redução drástica de seu programa nuclear, sob controle estrito da ONU.

O pacto foi alcançado em Viena em 14 de julho de 2015 entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China), além da Alemanha.

Mas o acordo está em ponto morto desde a retirada de Washington em 2018, sob a presidência de Trump, que restabeleceu as sanções econômicas contra o Irã. Em represália, o Irã rompeu progressivamente seus compromissos.

Segundo Teerã, seu programa nuclear é pacífico.

Biden afirmou que quer voltar ao acordo e que os Estados Unidos participaram indiretamente dos diálogos desta semana.


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