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Estado de Minas WASHINGTON

Reativação do mercado de trabalho perde força em novembro nos EUA


03/12/2021 15:26

A reativação do mercado de trabalho perdeu força em novembro nos Estados Unidos, um golpe para o governo de Joe Biden, sob pressão com a chegada da variante ômicron do coronavírus, que lança incertezas sobre as perspectivas da maior economia mundial.

Os Estados Unidos criaram 210.000 empregos no mês passado, informou o governo nesta sexta-feira (3), menos da metade do esperado pelos analistas, que estimavam 525.000.

No entanto, a taxa de desemprego diminuiu mais do que o esperado, caindo quatro décimos para se situar em 4,2%, informou o Departamento do Trabalho.

Joe Biden avaliou nesta sexta que a reativação do mercado de trabalho é "muito forte", apesar dos números de novembro. "Os americanos voltam ao trabalho e a recuperação do emprego é muito forte", disse o presidente na Casa Branca.

Os empregadores adicionaram postos de trabalho ao longo de 2021, graças à vacinação anticovid, que permitiu retomar a normalidade das operações, e mesmo com o resultado decepcionante de novembro, foram criados, em média, 550.000 empregos por mês.

"O emprego aumentou em 18,5 milhões de postos desde abril de 2020", quando a atividade econômica quase parou por causa da pandemia, destacou o Departamento em um comunicado.

A economia ainda deve recuperar quase quatro milhões de postos de trabalho para voltar aos níveis prévios à pandemia, mas os dados dão sinais de melhora no mercado de trabalho.

O número de desempregados diminuiu em 542.000, situando-se em 6,9 milhões de pessoas, segundo o relatório, longe dos 5,7 milhões antes da pandemia.

O número de pessoas em demissão temporária, que era de 18 milhões em abril de 2020, quando o confinamento pela pandemia estava em seu pior momento, diminuiu para 801.000, aproximadamente o nível antes da covid-19.

A taxa de desemprego para a maioria dos grupos raciais diminuiu em novembro, enquanto a proporção de pessoas empregadas ou que procuram trabalho - que tinha estagnado nos últimos meses porque muitos optaram por não trabalhar - aumentou levemente.

Os serviços profissionais e comerciais criaram 90.000 empregos, enquanto a manufatura e a construção adicionaram 31.000 cada um no mês passado. O comércio varejista, enquanto isso, perdeu 20.000 postos de trabalho.

Os números do desemprego de setembro e outubro foram revistos levemente para cima, mas não o suficiente para compensar os indicadores de novembro.

- Economia sólida, aumento de salário versus inflação -

A secretária de Comércio, Gina Raimondo, relativizou os dados que decepcionaram o mercado, destacando que a "economia é fundamentalmente sólida".

"Os empregadores contratam e os assalariados se reintegram ao mercado de trabalho", disse à CNBC.

Alguns setores, como lazer e hotelaria, foram duramente afetados pela pandemia. No mês passado, foram criados poucos empregos nesta área (23.000), quando os casos de covid começaram a subir.

No setor automotivo, a greve dos funcionários da fabricante de maquinário John Deere pesou, com a eliminação de 10.000 empregos no setor manufatureiro.

A educação e o cuidado com as crianças continuam sendo problemas que afetam o mercado de trabalho.

As escolas sofrem com a falta de professores e assistentes, ao ponto de algumas fecharem antes do feriado de Ação de Graças, na semana passada.

A variante ômicron do coronavírus é uma nova ameaça para a economia, embora ainda se desconheça sua periculosidade real e se resiste ou não às vacinas.

Até o momento, os sintomas que provoca são moderados.

O medo de adoecer foi um obstáculo persistente para a reativação do mercado de trabalho.

Em meio à preocupação crescente de que a alta da inflação se consolide, o informe indica que o rendimento médio por hora aumentou 4,8% nos últimos 12 meses, abaixo do aumento interanual de 6,2% dos preços ao consumidor.


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