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Estado de Minas KIEV

Presidente da Ucrânia quer negociações diretas com a Rússia para resolver conflito


01/12/2021 09:56

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta quarta-feira (1) "negociações diretas" com a Rússia para acabar com o conflito no leste do país, em um momento de grande tensão com Moscou, acusado por Kiev de preparar uma eventual invasão.

Embora Moscou negue qualquer intenção bélica, a presença cada vez maior de tropas russas nos limites da ex-república soviética geram inquietação na Ucrânia, que teme uma invasão e pede aos aliados ocidentais que tentem dissuadir o Kremlin.

Em um cenário de tensões crescentes, o presidente ucraniano Zelensky defendeu no Parlamento o início de conversações com a Rússia para frear o conflito aberto desde 2014 com separatistas pró-Rússia no leste do país.

"Temos que dizer a verdade, que não poderemos parar a guerra sem negociações diretas com a Rússia", afirmou Zelensky. "Não tenho medo de uma conversa direta com o presidente russo" Vladimir Putin, insistiu.

Na terça-feira, o chefe de Estado da Rússia afirmou que é necessário "reparar os vínculos" com Kiev para que "ninguém se sinta ameaçado".

Desde a anexação da península da Crimeia por Moscou, o governo ucraniano luta contra separatistas pró-Rússia em um conflito que já deixou mais de 13.000 mortos.

Os pedidos de diálogo contrastam com a tensão na fronteira entre os países, área para a qual a Ucrânia acusa a Rússia de ter enviado dezenas de milhares de soldados e armamento pesado.

- Reunião Blinken-Lavrov -

A questão foi abordada em uma reunião da Otan nesta quarta-feira em Riga, na Letônia, outra ex-república soviética agora integrada à União Europeia e também limítrofe com a Rússia.

Após a reunião, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou um encontro na quinta-feira em Estocolmo com seu colega russo Serguei Lavrov, que criticou nesta quarta-feira a "política destrutiva" dos países da Otan.

Segundo o ministro russo, a aliança militar do Atlântico Norte "busca captar a Ucrânia para sua órbita e transformá-la em um país anti-Moscou".

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou que é necessário "explicar que qualquer agressão contra a Ucrânia receberá uma resposta firme".

Também presente na reunião da Otan, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba pediu aos aliados ocidentais que adotem um "pacote de dissuasão" contra Moscou.

A Rússia acusou reciprocamente a Ucrânia de "reforçar suas capacidades militares, com a presença de equipamento pesado e oficiais" no leste do país.

Kiev mobilizou 125.000 soldados, ou seja, metade das Forças Armadas ucranianas, afirmou a porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

Também acusou o país vizinho de sabotar o processo de paz em 2015 com os separatistas ao organizar exercícios militares na presença de tropas estrangeiras no próximo ano, motivo de "grave preocupação" em Moscou.

"A Ucrânia não prevê nenhuma ofensiva militar no leste", afirmou na segunda-feira o chanceler do país.

A tensão atual recorda a crise de abril, quando a Rússia mobilizou dezenas de milhares de soldados na fronteira ucraniana para "exercícios militares" em resposta às atividades "ameaçadoras" da Otan.


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