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Estado de Minas RIGA

Otan faz advertência à Rússia por eventual agressão à Ucrânia


30/11/2021 15:58 - atualizado 30/11/2021 16:01

Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fizeram nesta terça-feira (30) uma advertência à Rússia sobre um "alto preço" a pagar por uma eventual invasão da Ucrânia ao final do primeiro dia de uma reunião na Letônia para discutir como responder à tensão elevada na fronteira russo-ucraniana.

"Qualquer futura agressão da Rússia contra a Ucrânia teria um alto preço e sérias consequências políticas e econômicas", alertou o secretário-geral da Otan ao final do primeiro dia da reunião na Letônia dos chanceleres desta aliança militar.

Stoltenberg disse que a Otan deve sempre "estar preparada para o pior e precisamos enviar à Rússia uma mensagem de que não devem conduzir uma incursão militar na Ucrânia".

Pouco antes da reunião, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, também fez uma advertência a Moscou.

"Qualquer escalada da Rússia seria muito preocupante para os Estados Unidos e para a Letônia, e qualquer agressão poderia ter consequências sérias", declarou em entrevista coletiva.

No entanto, Stoltenberg e Blinken evitaram dar detalhes sobre as possíveis respostas da Otan.

O ponto exclusivo da agenda é a enorme concentração militar russa ao longo da fronteira com a Ucrânia, situação que fez com que se acendessem os sinais de alerta em toda a região.

Em uma aparecente resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, lembrou que esta não é a primeira vez que os países da Otan insistem no fantasma de uma incursão russa na Ucrânia.

"Eles falam de uma possível intervenção russa na Ucrânia desde o começo do ano. Mas como podem ver, tal coisa não ocorreu", disse Putin, refutando as "ameaças ocidentais".

Na segunda-feira, a Ucrânia pediu a seus aliados ocidentais para "agir" rapidamente para dissuadir a Rússia de uma eventual invasão ao seu território, intenção que o Kremlin nega por completo.

- Momento volátil -

Esta reunião de chanceleres ocorre em um momento volátil no flanco oriental da Otan, já que os aliados também enfrentam uma crise migratória que, segundo eles, é promovida por Belarus e apoiada pela Rússia.

A Rússia, que anexou a península da Crimeia em 2014 e apoia os separatistas que lutam contra o governo ucraniano, negou veementemente que esteja planejando um ataque e responsabiliza a Otan por alimentar as tensões.

Por isso, Putin pediu nesta terça aos países da Otan que não cruzem o que chamou de "linhas vermelhas" de Moscou.

Funcionários da Otan, no entanto, destacam que a Ucrânia não está coberta pelo pacto de defesa coletiva. A Ucrânia é um país que aspira a se somar à Aliança Atlântica e é representado na reunião por seu ministro das Relações Exteriores.

- "Ataque híbrido" -

Os temores crescentes sobre a Ucrânia surgem no momento em que três membros da Otan - Polônia, Lituânia e Letônia - enfrentam uma onda migratória que também ocupará parte da agenda da reunião.

Esses três países acusam outro aliado russo, Belarus, de enviar milhares de migrantes, principalmente do Oriente Médio, para suas fronteiras em um "ataque híbrido" em retaliação às sanções da UE contra o governo bielorrusso.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, rejeita a acusação de impulsionar a onda de migrantes.

O presidente polonês, Andrzej Duda, solicitou o aumento do número de forças da Otan na região leste do país em uma reunião com Stoltenberg há uma semana.

Mas uma medida para desencadear consultas de emergência nos termos do artigo 4 do tratado de fundação da aliança militar parece estar suspensa por enquanto.

Em uma viagem conjunta aos países bálticos no domingo, Stoltenberg e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeram intensificar a cooperação contra esses desafios.

As tensões na fronteira diminuíram um pouco, pois alguns migrantes começaram a retornar aos seus países de origem, mas a Polônia e a Lituânia insistem que a crise está longe do fim.


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