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Estado de Minas MANILA

Filipinas não quer que Maria Ressa viaje a Oslo para receber Nobel


25/11/2021 17:14

O governo filipino não quer que a vencedora do Nobel da Paz Maria Ressa viaje a Oslo em dezembro para receber seu prêmio, alegando um "risco de fuga", segundo documentos consultados pela AFP nesta quinta-feira (25).

Maria Ressa, cofundadora do site de jornalismo investigativo Rappler, e o jornalista russo Dmitri Muratov receberam o prêmio Nobel da Paz em outubro por seus esforços para "defender a liberdade de expressão".

A ex-correspondente da rede americana CNN, atualmente em liberdade condicional enquanto aguarda seu recurso depois de ser condenada em junho por difamação, pediu à Justiça permissão para viajar à Noruega para a cerimônia de premiação em 10 de dezembro.

Mas o procurador-geral apresentou uma objeção ao tribunal de apelações, argumentando que o direito de Ressa de viajar não é "absoluto" e que ela não demonstrou uma "razão imperativa" para ir até Oslo, de acordo com uma cópia do documento vista pela AFP.

"Suas críticas recorrentes aos procedimentos legais filipinos (...) revelam sua falta de respeito ao sistema judiciário, o que mostra o risco de que ela fuja'', afirmou o procurador-geral no documento de 8 de novembro. O julgamento do tribunal de apelações segue pendente.

Ressa, de 58 anos, realizou trabalhos sobre a violência que acompanha a campanha antidrogas iniciada pelo presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que, segundo organizações de direitos humanos, já causou a morte de dezenas de milhares de pessoas.

Desde que Duterte foi eleito chefe de Estado em 2016, Ressa e seu veículo de comunicação sofreram com prisões, processos judiciais e muitas ameaças online. A jornalista é processada por sete casos no total, um dos quais pode custar-lhe até seis anos de prisão.

Também cidadã americana, Maria Ressa está atualmente nos Estados Unidos após obter permissão para viajar.

O Instituto Nobel considerou "vergonhoso para um país não libertar seus cidadãos para que possam vir a Oslo para receber o prêmio Nobel da Paz".


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