Durante uma reunião mensal do Conselho de Segurança para abordar a situação na Líbia, Jan Kubis afirmou que tinha entregue sua renúncia em 17 de novembro ao secretário-geral da ONU, António Guterres.
Guterres aceitou a renúncia na terça-feira e, segundo Kubis, lhe disse que seria "efetiva a partir de 10 de dezembro" e a informou aos 15 membros do Conselho.
"Na carta de renúncia ao secretário-geral, confirmei minha disposição de continuar como enviado especial por um período de transição, que na minha opinião deveria cobrir o período eleitoral", afirmou Kubis.
"Espero que seja possível chegar a uma solução apropriada", acrescentou o diplomata eslovaco.
A eleição presidencial na Líbia, vista como chave para superar uma década de guerra civil, está prevista para 24 de dezembro.
Em setembro, o Conselho de Segurança renovou o mandato de sua missão na Líbia, estendendo a posição de Kubis até 31 de janeiro.
O Conselho de Segurança mostrou-se dividido recentemente sobre a conveniência de reconfigurar a direção da missão diplomática da ONU na Líbia, e vários membros do Conselho exigiram que o cargo de emissário fosse transferido de Genebra para Trípoli.
Antes de confirmar sua renúncia na reunião desta quarta-feira, Kubis disse que apoiava a transferência, o que parece confirmar especulações que indicavam que ele renunciou porque não queria se mudar para a Líbia.
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