Pouco antes, o Ministério do Interior falava de "pelo menos cinco mortos e cinco desacordados" nestas águas do Canal da Mancha, onde "por volta das 14h, um pescador alertou para a descoberta de cerca de 15 corpos flutuando ao longo da costa de Calais".
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, lamentou no Twitter essa "tragédia" .
"Meus pensamentos estão com os muitos desaparecidos e feridos, vítimas de ... criminosos que se aproveitam de sua angústia e miséria", acrescentou.
O Ministério Público de Dunquerque (norte) anunciou à AFP a abertura de uma investigação.
De acordo com a prefeitura marítima local, três helicópteros e três navios participaram dos esforços de busca.
Na última sexta-feira, este órgão indicou que pelo menos 31.500 pessoas tentaram chegar à costa do Reino Unido desde o início do ano.
Cerca de 7.800 migrantes foram resgatados e "sete morreram ou desapareceram", acrescentou na época.
As travessias irregulares do Canal da Mancha aumentaram desde 2018, apesar do perigo associado à densidade do tráfego marítimo, fortes correntes e baixas temperaturas da água.
O fenômeno gerou tensões entre a França e o Reino Unido. Londres acusou Paris de não fazer o suficiente para evitá-lo, embora ambos os países tenham prometido "fortalecer" sua cooperação.
PARIS