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Estado de Minas BERLIM

Alemanha inicia era pós-Merkel com governo inédito entre social-democratas, ambientalistas e liberais


24/11/2021 13:58 - atualizado 24/11/2021 14:01

O futuro chanceler alemão, o social-democrata Olaf Scholz, anunciou nesta quarta-feira (24) um acordo para formar, junto aos Verdes e os liberais, o primeiro governo pós-Merkel no país, que enfrenta uma grave crise pela pandemia de covid-19.

Quase dois meses depois das eleições legislativas alemãs, marcadas por uma derrota histórica do campo conservador da chanceler, Olaf Scholz se prepara para sucedê-la no início de dezembro, com uma aliança inédita com os Verdes e os liberais do FDP.

Esses três partidos afirmaram que entraram em um acordo sobre um "contrato" de coalizão chamado "Atrever-se a mais porgresso. Aliança para a liberdade, justiça e sustentabilidade", com grandes propostas ambientais, como adiantar o fim do uso do carvão para 2030, em vez de 2038.

"O SPD, os Verdes e o FDP entraram em um acordo para um contrato comum de coalizão nas negociações e sobre uma nova aliança de governo", disse, prometendo uma "coalizão de igual para igual".

Essa combinação política nunca esteve no poder na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

- "Chanceler forte" -

Olaf Scholz "será um chanceler forte", prometeu o líder do FDP, Christian Lindner.

O futuro chefe de governo, de 63 anos e que ainda precisa ser empossado pelos deputados do Bundestag, prometeu que faria todo o possível para combater a nova onda de covid-19 que abala o país, a pior desde o início da pandemia.

Entre as medidas anunciadas, uma quantia de 1 bilhão de euros será destinada aos profissionais da saúde "particularmente exigidos" pela pandemia de covid-19, disse Scholz.

A Alemanha também precisa analisar uma possível extensão da obrigatoriedade das vacinas, em vigor no exército e em breve nos centros médicos.

A formação de um governo na Alemanha vai tranquilizar os países europeus, preocupados ao verem a Alemanha sem ninguém no comando em um momento em que a pandemia se agrava.

Outra medida que a nova coalizão deseja implementar, segundo o acordo do governo, é a de legalizar a cannabis, cuja venda em "lojas autorizadas" será reservada ao consumo dos "adultos".

"Isso permitirá controlar a qualidade, impedir a circulação de substâncias contaminadas e garantir a proteção dos jovens", diz o acordo, que detalha que "o impacto social da lei" será avaliado dentro de quatro anos.

Em 2017, a Alemanha autorizou o uso da cannabis para fins terapêuticos.

Além disso, o novo governo deseja retomar em 2023 as regras de rigor orçamentário, entre elas o freio ao endividamento inscrito na Constituição.

- Uma mulher nas Relações Exteriores -

Olaf Scholz já deu seus primeiros passos no cenário internacional ao acompanhar Angela Merkel na cúpula do G20 no mês passado em Roma.

Pela primeira vez em 16 anos, o SPD, que venceu com 25,7% dos votos das eleições legislativas, liderará novamente o governo da principal economia da Europa.

Resultado do compromisso entre os três partidos, o "contrato de coalizão" define todas as reformas econômicas, ambientais e políticas do próximo governo, cuja composição será revelada em breve.

A candidata dos ambientalistas Annalena Baerbock, de 40 anos, deve estar à frente da diplomacia alemã, em um governo de paridade entre homens e mulheres, segundo a imprensa.

O ministério das Finanças, um dos mais importantes, iria para o líder do FDP, Christian Lindner, defensor da linha ortodoxa dos déficits públicos.

O co-presidente dos Verdes, Robert Habeck, deve se encarregar do grande ministério do Clima, em um momento crucial na luta contra a mudança climática e em um país que está entre os mais poluentes do mundo.


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