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Estado de Minas PARIS

FAO: países precisam preparar sistemas alimentares para novos 'choques'


23/11/2021 14:35 - atualizado 23/11/2021 14:37

Os sistemas agroalimentares mundiais, que ainda sofrem as consequências da pandemia da covid-19, devem se preparar imediatamente para futuros novos "choques", como secas, enchentes, ou doenças diversas - alertou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) nesta terça-feira (23).

Atualmente, há cerca de "três bilhões de pessoas que não podem se permitir manter uma alimentação saudável que as proteja da desnutrição", destaca.

Outro "um bilhão de pessoas a mais se encontra sob o risco de não poder pagar uma alimentação saudável, se um choque repentino reduzir sua renda em um terço", de acordo com cálculos de economistas da FAO incluídos em um informe.

A edição de 2021 deste relatório dedicado "à situação mundial da agricultura e da alimentação" também destaca a importância das vias de comunicação.

"Se as rotas críticas de transporte forem interrompidas por um 'choque', o custo da alimentação pode aumentar para 845 milhões de pessoas", alerta esta agência com sede em Roma.

A pandemia da covid-19 "deixou claramente em evidência a fragilidade dos sistemas agroalimentares mundiais", disse diretor-geral da FAO, no prefácio do texto.

Esses sistemas incluem tanto a produção, quanto as cadeias de abastecimento de alimentos, as redes internas de transporte e o consumo.

No relatório anterior, divulgado em julho, a agência calculou que entre 720 milhões e 811 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2020, ou seja, em torno de 161 milhões a mais do que em 2019. "Um aumento devido, sobretudo, à pandemia", diz o informe.

Para levar os países a se conscientizarem da vulnerabilidade de seus sistemas alimentares a choques e a situações de "estresse" crônico, a FAO criou vários indicadores de "resiliência", já que, em um contexto incerto, "a capacidade de suportar choques e situações de estresse, e depois se recuperar, é fundamental", afirma.

Esses indicadores permitem analisar a produção dos países no nível doméstico, a amplitude de suas trocas comerciais, os sistemas de transporte de que dispõem e o acesso de sua população a uma alimentação saudável.

Os países são convidados a "identificar seus pontos fracos" com essas ferramentas e tentar remediá-los, disse à AFP a economista-chefe e coordenadora da publicação, Andrea Cattaneo.


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