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Estado de Minas MOSCOU

Belarus diz que 2 mil migrantes pernoitaram em centro de acolhida


19/11/2021 08:57

Os cerca de 2 mil migrantes que foram transferidos nos últimos dias de um acampamento improvisado na fronteira entre Belarus e a Polônia passaram a noite em um centro de acolhida pela primeira vez - informaram as autoridades de Belarus nesta sexta-feira (19).

Mais da metade deste grupo de migrantes já havia passado a noite anterior neste centro, enquanto na noite de quinta-feira (18) centenas de migrantes que ainda estavam acampados em temperaturas congelantes foram transferidos para o mesmo prédio localizado perto da fronteira.

Essa transferência reduz as tensões com as forças polonesas, que impedem os migrantes de cruzarem a fronteira. Também tranquiliza as organizações humanitárias que haviam manifestado grande preocupação com o estado de saúde dessas pessoas.

"Eles receberão cerca de oito toneladas de alimentos", informou a agência estatal de notícias Belta em sua conta no Telegram. A mensagem é acompanhada por fotos de migrantes dormindo em sacos de dormir no chão de um hangar.

Milhares de pessoas, principalmente do Oriente Médio, tentaram entrar na União Europeia (UE) nas últimas semanas por meio de Belarus. O país é acusado pelas autoridades do bloco de organizar este fluxo migratório, deliberadamente. A medida seria uma reação às sanções ocidentais contra suas autoridades pela violenta repressão à oposição.

Na quinta-feira, Belarus afirmou que ainda havia 7 mil migrantes em seu território e propôs repatriar 5 mil deles para seus países de origem.

Segundo a presidência bielorrussa, a chanceler alemã, Angela Merkel, negociaria com a União Europeia a criação de um "corredor humanitário" para levar os outros 2 mil migrantes para a Alemanha.

"A Alemanha não concordou com isso", desmentiu posteriormente à AFP uma fonte do governo em Berlim.

Belarus, que se encontra isolado no cenário internacional, tenta negociar diretamente com os ocidentais.

A transferência dos migrantes ocorre após uma semana de tensões entre o país e a União Europeia, que teme outra crise migratória como a de 2015.

Na noite de quinta-feira, 431 migrantes foram repatriados para o Iraque, principalmente para Erbil, no Curdistão iraquiano, e para Bagdá, a capital.

As ONGs dizem que pelo menos 11 migrantes morreram desde o início da crise.

Além disso, o Centro Polonês de Ajuda Internacional, um grupo humanitário, afirmou ter atendido na quinta-feira um casal sírio que contou ter perdido seu filho de um ano.

- Novas detenções na fronteira

Os guardas de fronteira poloneses prenderam 45 imigrantes de cerca de 500 que tentaram cruzar a fronteira perto de Dubicze Cerkiewne, na noite de quinta-feira, partindo de Belarus, informou a porta-voz desta força de segurança, tenente Anna Michalska, nesta sexta.

Segundo a tenente, estes migrantes integravam dois grupos que atiraram pedras e gás lacrimogêneo.

"As pessoas neste grupo lançaram pedras e alguém também lançou gás lacrimogêneo contra funcionários poloneses. Ao mesmo tempo, o pessoal bielorrusso usava miras de laser para cegá-los", relatou.

"Quarenta e cinco pessoas foram detidas e obrigadas a deixar a Polônia", acrescentou Michalska.

Quatro soldados poloneses ficaram feridos, mas não precisaram ser hospitalizados, completou a tenente.

Ao todo, os guardas registraram 255 tentativas de cruzamento da fronteira na quinta-feira.

Desde o início do ano, a Polônia diz ter registrado mais de 34.000 tentativas de travessia, tendo Belarus como ponto de partida.

Deste total, 6.0000 teriam sido em novembro; cerca de 17.300, em outubro; 7.700, em setembro; e mais de 3.500, em agosto, quando a atual crise começou.


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