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Estado de Minas WASHINGTON

EUA encomenda 10 milhões de pílulas anticovid da Pfizer por US$ 5,3 bi


18/11/2021 12:55

O governo americano encomendou à gigante farmacêutica Pfizer dez milhões de pílulas contra a covid-19 por US$ 5,29 bilhões, um pedido condicionado à aprovação do medicamento pelas autoridades competentes - informam comunicados divulgados nesta quinta-feira (18).

Embora a agência ainda precise dar o sinal verde, "tomei medidas imediatas para garantir suprimento suficiente para a população", destacou o presidente Joe Biden, em um comunicado.

O governo "faz o necessário para garantir que estes tratamentos sejam facilmente acessíveis e gratuitos", acrescentou Biden, insistindo na importância da vacinação.

Na última terça (16), a Pfizer solicitou à agência que regula o setor de alimentos e remédios nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) a autorização para o uso de emergência de sua pílula Paxlovid e agora espera seu aval.

A empresa farmacêutica já comercializa uma vacina contra o coronavírus em colaboração com o laboratório BioNTech.

O novo tratamento antiviral, que será comercializado sob o nome de Paxlovid, foi testado em pessoas com alto risco de desenvolver casos graves de covid-19 e se mostrou eficaz na redução de internações e de óbitos por covid-19 em quase 90% dos pacientes de alto risco recém-infectados.

Os antivirais atuam diminuindo a capacidade do vírus de se replicar, retardando, assim, o avanço da doença. É um complemento crucial das vacinas para proteção contra o coronavírus.

"Se vacinar continua sendo a ação mais importante para se proteger e proteger os outros e pôr fim a esta pandemia", disse o secretário americano da Saúde, Xavier Becerra, em um comunicado.

"Mas, para as pessoas que ficam doentes e podem sofrer consequências graves, ter pílulas que possam tomar para evitar ir para o hospital pode ser um salva-vidas", acrescentou.

O pedido de Washington prevê a entrega dos primeiros tratamentos até o final do ano e em 2022.

"O preço pago pelo governo reflete o alto volume de tratamentos adquiridos", destacou a Pfizer, em seu comunicado, ressaltando que conduz negociações para vender sua pílula para outros países.

- Números -

O grupo farmacêutico já se beneficiou amplamente de sua vacina anticovid-19, que lhe permitiu dobrar seu faturamento no terceiro trimestre, a US$ 24,1 bilhões, e multiplicar por cinco seu lucro líquido no período em relação ao mesmo trimestre de 2020, para um total de US$ 8,150 bilhões.

O laboratório americano Merck Sharp & Dohme (MSD) também desenvolveu um tratamento antiviral, o molnupiravir, autorizado no início de novembro pelo Reino Unido, o primeiro país a permitir seu uso.

Uma comissão da FDA se reunirá em 30 de novembro para decidir sobre o pedido de autorização de tratamento do MSD nos Estados Unidos. O governo americano já comprou 3,1 milhões de tratamentos da Merck.

Esta semana, a Pfizer assinou um acordo de licença voluntária, que permitirá o acesso à sua pílula anticovid para além dos países ricos, assim que tiver sido autorizada.

O anúncio foi feito de forma conjunta, na terça-feira (16), pela gigante farmacêutica americana e pela organização Medicines Patent Pool (MPP), criada pela Unitaid.

Essa iniciativa permitirá que os fabricantes de genéricos produzam o medicamento para abastecer 95 países de renda baixa e média, correspondentes a 53% da população mundial.

A Merck fechou um acordo similar com a MPP para seu medicamento oral.

Hoje, em Wall Street, as ações da Pfizer abriram com leve alta.


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