"Hoje prometi a Nazanin encerrar a greve de fome", afirmou Richard Ratcliffe em um tuíte. "Gabriella precisa de seus dois pais", acrescentou, agradecendo a ajuda das pessoas que o apoiaram nestas três semanas.
Responsável pelo projeto da Fundação Thomson Reuters, o braço filantrópico da agência de notícias de mesmo nome, Zaghari-Ratcliffe foi detida no Irã durante uma viagem a Teerã, em 2016, para visitar sua família.
Na época, a jornalista foi acusada de conspirar para derrubar a República Islâmica, o que ela negou com firmeza, e foi condenada a cinco anos de prisão.
Após cumprir a pena, Nazanin voltou a ser condenada no fim de abril deste ano por ter participado de uma manifestação em frente à embaixada do Irã em Londres em 2009.
Em 16 de outubro, a Justiça iraniana rejeitou um recurso apresentado pela defesa da jornalista, o que aumentou os temores de que ela seja mandada de volta para uma penitenciária no Irã, onde permanece em prisão domiciliar com uma tornozeleira eletrônica, após ter deixado o presídio em março de 2020 por causa da pandemia de covid-19.
De acordo com o seu marido, Zaghari-Ratcliffe é uma refém de "um conflito entre os dois Estados" por causa de uma antiga dívida de 400 milhões de libras (cerca de US$ 544 milhões) que o Reino Unido se nega a pagar desde a expulsão do xá Reza Pahlavi do Irã durante a revolução islâmica de 1979.
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LONDRES