Em confrontos com forças pró-governo desde novembro de 2020, os combatentes da Frente Popular de Libertação do Tigré (TPLF), que no passado comandou a política nacional, avançaram nos últimos meses além de suas áreas de influência em direção às regiões vizinhas de Afar e Amhara. E também não descartam marchar sobre a capital, Adis Abeba.
Nesta quinta-feira, referindo-se às pré-condições para o início das negociações, a porta-voz da Chancelaria etíope, Dina Mufti, destacou que ainda não foi estabelecido um princípio para o início das negociações com os rebeldes.
"Para que haja uma solução pacífica, são necessários duas partes", disse a repórteres.
"Há condições para isso. Primeiro, que parem os ataques. Segundo, que saiam das regiões em que entraram (Amhara e Afar). E, terceiro, que reconheçam a legitimidade do atual governo", declarou.
O porta-voz da TPLF, Getachew Reda, disse à AFP na semana passada que uma retirada de Amhara e Afar é "absolutamente impossível".
A TPLF pede o fim do que a ONU chama de bloqueio humanitário "de fato" ao Tigré, onde centenas de milhares de pessoas vivem em condições próximas à fome.
Nos últimos dias, diplomatas estrangeiros intensificaram os esforços para tentar conseguir o fim das hostilidades.
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