Desde 2016, a Uber aplica uma penalidade econômica ao cliente quando o motorista espera mais de dois minutos no ponto de encontro definido com antecedência (cinco minutos para clientes Uber Black ou SUV).
Na denúncia, o Ministério Público indica que "muitos passageiros com mobilidade reduzida precisam de mais de dois minutos para entrar ou carregar seu veículo, por motivos diversos".
As autoridades mencionam cadeiras de rodas e andadores, "que devem ser dobrados e colocados no carro".
De acordo com os elementos citados pelo Ministério Público, o Uber reembolsa aos clientes com deficiência a multa que tiveram que pagar pela corrida, mas a plataforma também se recusou algumas vezes a atender a algumas demandas desse tipo.
Os motoristas não podem alterar os parâmetros da corrida e evitar que os clientes com mobilidade reduzida sejam penalizados.
Para o Departamento de Justiça, essas práticas fazem parte da violação da Lei dos Americanos com Deficiências (ADA, na sigla em inglês), que visa combater a discriminação contra esse grupo e foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 1990.
Em reação enviada à AFP por um porta-voz, a Uber afirmou que fez uma mudança "na semana passada" nesse sentido. "Agora, a cobrança extra (pelo tempo de espera) será suprimida para qualquer passageiro que ateste ter alguma deficiência", explicou a empresa.
A Uber nega que sua solução e a precificação violem a ADA e garante que "seguirá melhorando seus produtos para permitir que todos possam viajar facilmente para casa".
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NOVA YORK