Bolsonaro "assinará a ficha de filiação ao Partido Liberal na manhã do próximo dia 22", informou o partido, em nota divulgada após uma reunião entre seu líder e o presidente.
Bolsonaro, 66, não fez um anúncio oficial, mas disse mais cedo que a negociação estava "99,9%" adiantada e que dependia dessa "última reunião" com o presidente nacional do partido.
O PL é o nono partido ao qual Bolsonaro adere desde que iniciou sua trajetória, há mais de três décadas, um fenômeno comum na política brasileira. Ele estava sem partido há dois anos, desde que rompeu com o Partido Social Liberal (PSL), com o qual venceu as eleições presidenciais de 2018.
Para analistas, a nova filiação sela a aliança do presidente com o "centrão", cuja forte representação na Câmara dos Deputados lhe garante a governabilidade até o fim de seu mandato.
O PL, que tem 43 deputados e 4 senadores (de 81), "é a cara do centrão. O mais importante para eles hoje é estar próximo do poder. Salvo algo muito grave, ele tem uma blindagem maior", explicou à AFP o cientista político André César, da consultoria Hold.
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