Blinken pediu avanços nas detenções preventivas, na liberdade de imprensa e em outros âmbitos, "não porque os Estados Unidos estão pedindo", mas porque "isso é do interesse do povo egípcio".
"Fazer progressos tangíveis e duradouros em matéria de direitos humanos" é necessário "para fortalecer nossa relação bilateral", advertiu Blinken, ao receber o ministro das Relações Exteriores do país árabe, Sameh Shoukry, em Washington.
"Os Estados Unidos seguirão apoiando esses esforços através de todos os meios", acrescentou o titular da diplomacia americana.
Shoukry, por sua vez, considerou que os direitos humanos representam o "progresso evolutivo", que é "único em cada país", com suas próprias características religiosas, sociais e culturais.
Desde que chegou ao poder em 2014, o presidente egípcio Abdel Fattah al Sisi realiza uma forte repressão contra a dissidência no país. Grupos de defesa dos direitos humanos calculam que existam atualmente cerca 60 mil presos políticos no país árabe.
O presidente de Estados Unidos, Joe Biden, afirma que os direitos humanos e a promoção da democracia são uma prioridade de sua política externa, o que se choca com frequência com os interesses americanos em relação a aliados considerados cruciais, como o Egito.
Em setembro, várias ONGs acusaram o governo Biden de hipocrisia por afirmar que apenas condicionaria uma pequena parte de sua ajuda militar ao Egito com o respeito aos direitos humanos.
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