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Estado de Minas ARGEL

Frente Polisário denuncia discurso do Rei de Marrocos como "invenções"


07/11/2021 17:55

A Frente Polisário qualificou neste domingo(7) como "ilusões" e "invenções" as declarações do rei de Marrocos Mohamed VI, que afirmou num discurso que o Sahara Ocidental, território disputado pelos independentistas saharauis e Rabat, "não é negociável".

Este discurso é "um misto de sofismas, invenções e ilusões para justificar a intransigência, arrogância e aventureirismo" do Marrocos, afirmou o Ministério da Comunicação saharaui.

Mohamed VI declarou no sábado, num contexto de fortes tensões com a Argélia por causa desta ex-colônia espanhola, que "o 'marroquino' do Saara nunca estará na pauta de nenhuma transação".

Ele defendeu uma "solução pacífica para o conflito", mas reiterou a rejeição marroquina de qualquer independência do Saara Ocidental.

"O povo saharaui não cessará a sua luta até que Marrocos termine a sua agressão e ocupação ilegal do território da República saharaui", advertiu a Frente Polisário em comunicado.

"O Rei de Marrocos sabe bem que a República Saharaui, vizinha do Reino de Marrocos, é uma realidade irreversível da qual não pode fugir, visto que Marrocos está ao seu lado em acontecimentos multilaterais a nível continental e internacional", diz a nota.

Marrocos controla 80% deste território de menos de um milhão de habitantes e propõe uma ampla autonomia sob a sua soberania, enquanto a Polisário, apoiada pela Argélia, pede um referendo sobre a autodeterminação.

O Conselho de Segurança da ONU pediu há uma semana que "as partes" no conflito do Saara Ocidental retomem as negociações "sem condições prévias e de boa fé".

Essas negociações serão retomadas sob a égide do novo enviado da ONU, o ítalo-sueco Staffan de Mistura, "para chegar a uma solução política justa, duradoura e mutuamente aceitável" com vistas à "autodeterminação do povo do Saara Ocidental" , de acordo com a ONU.

O tão esperado discurso do soberano marroquino chega em um momento em que as relações entre a Argélia e o Marrocos estão em um ponto mais baixo. Em agosto, após meses de atrito, Argel rompeu relações diplomáticas com o Marrocos, acusando-o de "ações hostis".

Rabat lamentou uma decisão "totalmente injustificada".

As tensões aumentaram novamente nos últimos dias depois que a Argélia relatou um atentado que matou três caminhoneiros argelinos no Saara Ocidental - um território disputado entre o Marrocos e os combatentes pela independência sahrawi da Frente Polisário - que Argel atribuiu a Rabat.


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