Da mesma forma, os membros da organização expressaram sua "séria preocupação com o impacto do conflito na situação humanitária (...), assim como na estabilidade do país e da região", segundo um comunicado lido pelo presidente, o embaixador mexicano Juan Ramón de la Fuente.
O mais alto órgão de manutenção da paz da ONU planejava realizar na tarde desta sexta uma reunião sob o título "Paz e Segurança na África", na qual iria analisar a situação na Etiópia, mas o encontro foi adiado para a próxima semana.
Enquanto isso, na nota, os 15 membros concordaram em fazer um apelo para que as partes em conflito no país africano "contenham as mensagens inflamatórias de ódio e incitação à violência e divisão". Também pediram o acesso "seguro e desimpedido" da ajuda humanitária e a restauração dos serviços públicos.
O subsecretário da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, iniciou nesta sexta uma visita à Etiópia, onde se encontrou com o primeiro-ministro Abiy Ahmed para discutir a situação humanitária e as dificuldades no terreno para levar ajuda às vítimas do conflito, especialmente na região do Tigré.
São cerca de 20 milhões de pessoas, segundo a ONU, que precisam de ajuda humanitária. A organização ainda busca 1,3 bilhão de dólares para seu programa humanitário no país.
Até o momento, pouco mais de 1 bilhão foi mobilizado, o que está "longe" do suficiente para cobrir as crescentes necessidades deixadas pela guerra contra os rebeldes da TPLF, que estourou há um ano quando o governo federal enviou o exército para destituir autoridades dissidentes em resposta a supostos ataques a bases militares federais.
Ahmed proclamou vitória no fim de novembro de 2020, mas desde junho deste ano o conflito mudou completamente de rumo, com os rebeldes do Tigré avançando para além de sua região.
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