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Estado de Minas SANTIAGO

ONU expressa 'preocupação com militarização' de zona mapuche no Chile após morte


05/11/2021 16:14

O escritório regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na América do Sul expressou nesta sexta-feira (5) sua "preocupação" com a militarização das províncias chilenas em áreas mapuche após a morte de um membro da comunidade em um incidente com a Marinha.

"O escritório recebeu informações sobre a morte de Jordan Llempi Machacan (23 anos) e de pelo menos três pessoas feridas, incluindo um menor, por disparos em meio a operações policiais e das Forças Armadas", disse o órgão da ONU por meio de um comunicado.

O presidente do Chile, o conservador Sebastián Piñera, indicou na quinta-feira que patrulhas policiais acompanhadas por "oficiais da Marinha e do Exército foram emboscadas e atacadas" por um "grupo terrorista" com armas de fogo, "algumas de grande calibre" em uma rota que havia sido bloqueado.

O incidente ocorreu na última quarta-feira em um município localizado em uma das quatro províncias militarizadas das regiões do Biobío e La Araucanía, cerca de 600 km ao sul de Santiago, que desde 12 de outubro estão sob estado de exceção, que durará até 11 de novembro.

Piñera já pediu ao Congresso que renove a medida, estabelecida após uma escalada de violência.

"Os Estados devem limitar ao máximo o uso das Forças Armadas para o controle da ordem pública, visto que o treinamento que recebem não visa a proteção e controle de civis, nem a gestão de manifestações", afirmou o representante do escritório do ACNUDH para a América do Sul, Jan Jarab, que também pediu uma investigação "rápida, completa, rigorosa e eficaz" dos eventos.

A versão oficial de um ataque armado contradiz declarações de feridos e testemunhas, que afirmam que os militares dispararam contra os veículos que aguardavam diante do bloqueio da rota.

A violência se intensificou na região na última década em meio à falta de solução para o conflito pela reivindicação de terras ancestrais, com ataques incendiários a propriedades privadas e caminhões.

Os confrontos também trouxeram à luz a presença do narcotráfico e de organizações de autodefesa, assim como operações policiais denunciadas por indígenas como armadas.


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