Jornal Estado de Minas

ROMA

G20 planeja disponibilizar US$ 100 bilhões de fundos do FMI a países vulneráveis

Os países do G20 colocarão à disposição dos países mais vulneráveis 100 bilhões de dólares da soma total dos direitos especiais de saque (DES) emitidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a crise de saúde, concordaram seus líderes neste domingo (31) durante cúpula em Roma.



Este valor faz parte do montante global de 650 bilhões de dólares de DES emitidos pelo FMI para fazer face à crise provocada pela pandemia.

"Acolhemos as recentes promessas no valor de cerca de 45 bilhões de dólares como um passo em direção à ambiciosa quantia de 100 bilhões de dólares em contribuições voluntárias para os países mais necessitados", afirmaram os líderes.

As nações do G20, que até agora não haviam acordado um valor a ser pago aos países em desenvolvimento, estão seguindo os passos do G7, que já fixou uma meta de 100 bilhões de dólares para redistribuir, principalmente na África.

Os DES são distribuídos de acordo com as cotas de cada país no FMI, portanto, a maior parte vai para os países ricos. Na prática, a África se beneficiaria apenas de 34 bilhões, então alguns países desenvolvidos disponibilizaram parte dos seus próprios benefícios.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, que foi convidado para a cúpula do G20, anunciou que alocará 20% de seus direitos especiais de saque para combater a pobreza e para o futuro da resiliência e sustentabilidade.

No sábado, o Canadá já havia anunciado que destinaria 20% de seus DES a países vulneráveis para acompanhar a recuperação econômica pós-covid, mesmo percentual que a França planeja entregar para a África.

O Reino Unido também assumiu compromisso semelhante de 20%, enquanto o Japão prometeu contribuir com 4 bilhões de dólares, assim como a Itália.

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