Jornal Estado de Minas

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Sete presos são encontrados mortos em prisão do Equador onde ocorreu massacre

Sete presidiários foram encontrados mortos em uma penitenciária do porto equatoriano de Guayaquil, mesma prisão em que um motim ocorrido em setembro deixou 119 presos mortos, informou neste sábado (23) a agência responsável pelas prisões (SNAI).



"Foram encontrados suspensos os corpos sem vida de 7 #PPL (pessoas privadas de liberdade)", disse a SNAI no Twitter.

A entidade acrescentou que a descoberta ocorreu "na área de visitas íntimas do pavilhão 10 do #CPLGuayas nº 1", onde a rebelião foi registrada há um mês.

O órgão penitenciário destacou que oferece facilidades à Polícia e ao Ministério Público para a apuração do fato.

Na semana passada, também informou que quatro detentos foram encontrados mortos na mesma prisão, tratando os casos de um suposto suicídio.

Em setembro, a penitenciária foi palco de um dos piores massacres de prisões da história da América Latina, quando gangues rivais ligadas a cartéis de drogas se enfrentaram, deixando 119 presos mortos, incluindo esquartejados e queimados.

As prisões equatorianas têm capacidade para 30.000 pessoas, mas são ocupadas por 39.000, com superlotação de 30%.

No dia seguinte ao massacre, o governo do presidente Guillermo Lasso decretou estado de exceção apenas para o sistema penitenciário, o que permitiu mobilizar 3.600 militares e policiais para os 65 presídios do país.

O Equador enfrenta uma escalada da criminalidade devido ao tráfico de drogas, com quase 1.900 mortes este ano, sendo Guayaquil a cidade mais afetada pela violência.

Essa situação também levou Lasso a declarar estado de emergência em todo o país por 60 dias na segunda-feira passada, ordenando que os militares fossem às ruas patrulhar e fazer buscas.

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