Jornal Estado de Minas

GENEBRA

ONU pede medidas urgentes a UE e Belarus para evitar mortes de migrantes

A ONU lançou, nesta sexta-feira (22), um apelo urgente à ação para salvar vidas e evitar sofrimento ao longo das fronteiras entre Belarus e União Europeia (UE), após a morte de um solicitante de asilo.



O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) diz que esta é a oitava morte notificada na região fronteiriça, onde grupos de requerentes de asilo e migrantes ficaram bloqueados por semanas, "em condições cada vez mais difíceis" e que devem se deteriorar com a chegada do inverno.

"Quando os direitos humanos básicos não são protegidos, há vidas em risco. É inaceitável que pessoas tenham morrido (...). Elas são reféns de um impasse político que deve ser resolvido agora", convocou o diretor regional do ACNUR para a Europa, Pascale Moreau, em um comunicado.

"Convocamos Belarus e Polônia, como signatários da Convenção sobre o Status dos Refugiados de 1951, a respeitarem suas obrigações legais internacionais e a permitirem que aqueles que buscam asilo em suas fronteiras tenham acesso a ela", insistiu Moreau.

Entre as pessoas bloqueadas na fronteira, estão 32 afegãos, incluindo crianças, que vivem entre Polônia e Belarus desde meados de agosto, em condições extremas e sem assistência, segundo o ACNUR.

Desde agosto, milhares de migrantes, principalmente do Oriente Médio e da África, tentaram cruzar a fronteira da União Europeia, saindo de Belarus.

A UE acusa Minsk de estimular este fluxo. A medida estaria sendo adotada em represália pelas sanções impostas pela UE, após a repressão da oposição por parte do governo bielorrusso.



audima