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Estado de Minas WASHINGTON

Legisladores dos EUA declaram aliado de Trump em desacato


21/10/2021 19:43 - atualizado 21/10/2021 19:49

Legisladores americanos declararam em desacato, nesta quinta-feira (21), um aliado do ex-presidente Donald Trump por desafiar uma intimação para testemunhar perante uma comissão do Congresso sobre o ataque de 6 de janeiro contra o Capitólio.

Steve Bannon, ex-estrategista do governo de Trump (2017-2021), é o centro das atenções pelo papel que pode ter tido na organização do ataque e sua eventual coordenação com Trump e a Casa Branca.

A Câmara dos Representantes aprovou o encaminhamento do caso de Bannon aos promotores federais. Se for indiciado formalmente, o litígio poderia durar meses ou inclusive anos, frustrando potencialmente a investigação.

"O senhor Bannon está sozinho em seu desafio e não vamos tolerá-lo", disse o presidente da comissão, o democrata representante do Mississípi, Bennie Thompson.

"Não permitiremos que ninguém atrapalhe o nosso trabalho, porque o nosso trabalho é realmente importante: ajudar a garantir que o futuro da democracia americana seja forte e seguro", acrescentou.

Os investigadores consideram fundamental o depoimento de Bannon para terem uma compreensão objetiva das ações de Trump, antes e durante o ataque contra uma sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória eleitoral de Joe Biden.

Diversos legisladores citaram os comentários que Bannon fazia em seu podcast nos dias anteriores e na manhã da insurreição.

"Amanhã será um inferno [...] Este não é um dia para a fantasia, é um dia para o foco maníaco. Foco, foco, foco", disse Bannon no podcast. "Estamos indo direto para o alvo, ok? Este é o ponto de ataque que sempre quisemos", acrescentou

Bannon, de 67 anos, deveria ter comparecido na semana passada à comissão do Congresso formada pelos dois partidos, mas disse que os advogados de Trump ordenaram que ele não se apresentasse por motivos de "privilégio executivo", que permite aos presidentes manterem certas conversas com seus assistentes em sigilo.

A comissão avalia, porém, que essa proteção não se aplica, já que Trump não exerce atualmente a presidência e nunca afirmou formalmente o privilégio. Além disso, o colegiado afirma que Bannon não era funcionário do governo no momento dos fatos investigados.

- Ele sabia -

Os 220 democratas da Câmara dos Representantes apoiaram a moção que acusa Bannon de desacato.

O líder da minoria republicana da Câmara, Kevin McCarthy, que inicialmente pediu uma investigação, mas passou meses tentando frustrá-la, pediu à sua bancada que não apoiasse a moção.

No entanto, vários rebeldes republicanos votaram a favor, entre eles Adam Kinzinger e Liz Cheney, que integram a comissão copresidida por esta última.

A deputada do Wyoming e filha da personalidade republicana Dick Cheney, disse acreditar que o 45º presidente estava "pessoalmente envolvido" no planejamento e execução dos distúrbios no Capitólio, que deixaram cinco mortos.

"O Departamento da Justiça fará o que sempre faz em circunstâncias como essas: aplicaremos a lei que é fiel aos fatos e tomaremos uma decisão, de acordo com os princípios da acusação", disse o procurador-geral Merrick Garland, em uma audiência antes da votação, ao Comitê Judicial da câmara baixa.


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