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Estado de Minas QUITO

Presidente do Equador se recusa a ir ao Congresso apresentar sua versão sobre Pandora Papers


21/10/2021 00:03 - atualizado 21/10/2021 00:13

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, se recusou nesta quarta-feira (20) a ir ao Congresso, dominado pela oposição, oferecer sua versão do escândalo que o envolve no "Pandora Papers", o que provocou uma nova convocação para que o presidente se apresente de "forma obrigatória".

O presidente foi chamado pela Comissão de Garantias Constitucionais para dar seu depoimento depois que uma investigação jornalística internacional revelou que líderes e personalidades de todo o mundo esconderam ativos em paraísos fiscais.

A comissão convocou Lasso, um ex-banqueiro de direita de 65 anos, para depor na tarde de hoje.

Em uma carta, o presidente comunicou que não iria ao Parlamento, mas que estaria disposto a receber os legisladores na sede do governo.

Lasso afirmou que tem "pleno direito" de saber as declarações do restante das pessoas mencionadas antes de dar seu próprio testemunho.

Diante da ausência, o presidente da comissão, José Cabascango (Pachakutik, esquerda) encerrou a sessão, convocando o presidente "pela segunda vez e de forma obrigatória e sob prevenção da lei para que compareça" na sexta-feira na Assembleia Nacional.

"Não somos a Comissão de Fiscalização, que toma comparecimentos em domicílio", destacou o legislador, acrescentando que "esta falta de colaboração dificulta" a indagação parlamentar.

A esposa e um filho do presidente tampouco foram depor nesta quarta-feira perante a Comissão Parlamentar, considerando que não são obrigados por não serem funcionários públicos.

Lasso, no poder desde maio, controlou 14 sociedades offshore, a maioria com sede no Panamá, e as fechou depois que o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) aprovou uma lei em 2017 proibindo aos candidatos à Presidência ter empresas em paraísos fiscais, segundo os Pandora Papers.

"Nem ao inscrever a minha candidatura presidencial, nem desde então até hoje, incorri na proibição referida", disse em sua carta, na qual informou não ter descumprido a lei para se candidatar.

O presidente admite que teve "investimentos legítimos em outros países", dos quais se desfez para se candidatar às eleições que venceu este ano.

Diante de milhares de simpatizantes reunidos em frente à casa presidencial nesta quarta, Lasso qualificou de "golpistas" e "conspiradores" os grupos que planejam protestos contra a alta mensal dos combustíveis, entre eles coletivos de indígenas.

O Pachakutik é o braço político da majoritária e opositora Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie).

A ministra de Governo (Interior), Alexandra Vela, afirma que o Congresso pretende levar o presidente a um julgamento político, mecanismo pelo qual pode ser destituído do cargo.


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