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Estado de Minas MANÁGUA

Oposição pede que eleitores não compareçam a pleito na Nicarágua


19/10/2021 19:28

A oposição da Nicarágua, excluída de participar das eleições de 7 de novembro, nas quais o presidente Daniel Ortega busca a reeleição, pediu nesta terça-feira (19) uma abstenção em massa, "em rejeição" ao que considera "uma farsa".

"Diante da falta de condições políticas e eleitorais [...] não temos por quem, nem por que votar. A ditadura mantém sequestrados e no exílio os candidatos do povo", indicou em comunicado a Coalizão Nacional, um dos três grupos de oposição não parlamentar.

"O processo eleitoral tornou-se uma farsa total, uma simples distribuição de cadeiras, um baile de máscaras trágico", acrescentou o grupo, em comunicado divulgado nas redes sociais.

Ortega, 75 anos, governa desde 2007 e concorrerá a um quarto mandato consecutivo, com sua mulher, Rosario Murillo, como candidata a vice-presidente, em um ambiente tenso, após a prisão de 37 opositores nos últimos meses, sete deles candidatos presidenciais.

A Coalizão Nacional, que aglutina diferentes organismos políticos e sociais, disse que a prisão dos opositores representava um "duro golpe", já que metade deles pertencem ao grupo. Outros de seus integrantes partiram para o exílio.

A convocação do protesto "Fique em casa", lançada pela Coalizão Nacional, soma-se a outras, feitas pela Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia (ACJD) e por opositores no exílio.

A Coalizão e a ACJD, ambas surgidas após os protestos de 2018 - que o governo Ortega qualificou como uma tentativa de golpe de Estado -, foram excluídas de participar das eleições, depois que os dois partidos com os quais tinham uma aliança política foram eliminados pelo tribunal eleitoral.

Faltando quase três semanas para o pleito, enquanto a oposição aumenta seus chamados para não votar, o governo multiplica a inauguração de ruas, casas, entrega de títulos de propriedade, lâminas de zinco, lotes de terras e créditos, entre outros benefícios.

Rosario Murillo, por sua vez, destacou na mídia oficial, mas sem se referir às eleições, a atuação do governo, que, segundo ela, luta "contra a pobreza", ao mesmo tempo em que afirma que os opositores promovem atos de terrorismo e apoiam a "intervenção" internacional.


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