(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SANTIAGO

Atos pelo 2º aniversário da revolta social no Chile terminam em dois mortos e 450 detidos


19/10/2021 10:46

Os distúrbios registrados na segunda-feira (18) no Chile deixaram dois mortos, 56 feridos e 450 detidos - informou a Polícia chilena nesta terça (19).

Estes confrontos aconteceram em paralelo a manifestações pacíficas convocadas pelo aniversário de dois anos da revolta social que tomou as ruas.

Um homem morreu por disparos de arma de fogo durante uma tentativa de roubo em um comércio. A segunda vítima mortal, uma mulher, morreu depois de cair de uma moto. Ambos os casos foram em Santiago.

A capital chilena concentrou a maioria dos distúrbios registrados em nível nacional com barricadas, ataques a uma delegacia e saques de lojas e de escritórios públicos, segundo a polícia.

Ao todo, 450 pessoas foram detidas no país, 279 delas em Santiago, enquanto 11 civis e 45 policiais ficaram feridos.

"Os números são altíssimos", afirmou o diretor de Ordem e Segurança dos Carabineiros do Chile, Marcelo Araya.

Mais de 50 manifestações foram convocadas em todo país para relembrar os dois anos da revolta social de 18 de outubro de 2019. O movimento começou com um protesto estudantil pelo aumento do preço da passagem do metrô de Santiago e culminou em manifestações em massa. Nelas, seus participantes também pediam mais justiça social.

Ao longo de mais de quatro meses, até o surgimento da pandemia da covid-19 no país, em março de 2020, estes protestos da primavera de 2019 deixaram 34 mortos e mais de 400 feridos por lesões oculares.

O subsecretário do Interior, Juan Francisco Galli, responsabilizou os candidatos da oposição para a eleição presidencial de 21 de novembro pelos excessos violentos de segunda-feira aos.

Galliu acusou o esquerdista Gabriel Boric e a centrista Yasna Provoste de apoiarem e proporem indultos a manifestantes que estão presos e que "saquearam, destruíram tudo e lançaram coquetéis molotov" durante a revolta chilena de dois anos atrás.

"Os responsáveis finais desta violência são aqueles que instalaram no nosso país uma sensação de impunidade, de que não havia consequências de se cometer atos de violência", acrescentou Galli.

Os distúrbios violentos contrastaram com as mais de 10.000 pessoas reunidas na Praça Itália - batizada durante a revolta como Praça Dignidade - para protestarem pacificamente e "com um comportamento bastante positivo", completou o diretor de Ordem e Segurança dos Carabineiros do Chile, Marcelo Araya.

A manifestação na Praça Itália durou quase quatro horas, sem grandes incidentes e com uma presença escassa das forças especiais da polícia.

As manifestações ocorreram no mesmo dia em que a Convenção Constituinte - nascida do clamor da revolta social - começou a tratar das questões que serão incorporadas aos artigos da nova Carta Magna, após 100 dias dedicados ao estabelecimento de seu regulamento interno.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)