O grupo de ativistas afegãs é liderado por Shaharzad Akbar, presidente da Comissão Afegã Independente de Direitos Humanos, em uma candidatura que foi lançada pelos blocos dos social-democratas e verdes.
Também participam desse grupo Mary Akrami, diretora da Rede de Mulheres Afegãs (que oferece refúgio para mulheres vítimas de violência familiar) e Zarifa Ghafari, uma das primeiras prefeitas mulheres no Afeganistão.
Jeanine Áñez, agradeceu por estar entre os finalistas. Ela destacou no Twitter que o reconhecimento é "para aqueles que lutam pela liberdade, democracia, pacificação da Bolívia, justiça e pelos direitos de todos, para aqueles que sofrem abusos e perseguição por exercerem a liberdade de consciência e o respeito à vida".
A ex-presidente também agradeceu ao Parlamento Europeu e ao eurodeputado espanhol Hermann Tertsch, do partido de extrema direita VOX, um dos que a defendem.
A candidatura de Jeanine foi lançada pela bancada de direita Conservadores e Reformistas Europeus, da qual participa o partido espanhol Vox. Ela se tornou presidente da Bolívia em 2019, em meio ao processo que provocou a queda do governo de Evo Morales. No entanto, em março deste ano foi presa, acusada de conspiração nos fatos que levaram à queda do governo de Morales.
O presidente do Senado boliviano e poderoso dirigente governista, Andrónico Rodríguez, considerou "inacreditável que estejam premiando a má gestão de algumas pessoas".
Alexey Navalny, por sua vez, foi indicado pela maior bancada do Parlamento, a do conservador Partido Popular Europeu. O ativista se tornou uma celebridade pelas suas denúncias de corrupção na Rússia e foi alvo de um aparente envenenamento em agosto de 2020.
Navalny se recuperou na Alemanha e, ao retornar para a Rússia, foi detido e condenado à prisão em um processo por não ter se apresentado oportunamente a controles periódicos de liberdade condicional, por uma sanção anterior por corrupção.
Na edição do ano passado, o prêmio foi concedido à "oposição democrática" ao presidente de Belarus, Alexander Lukashenko.
BRUXELAS