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Estado de Minas NOVA YORK

Estudo liga ftalatos de embalagens plásticas a 100.000 mortes ao ano nos EUA


12/10/2021 18:30 - atualizado 12/10/2021 18:31

A exposição diária aos ftalatos, compostos químicos usados na fabricação de recipientes plásticos para guardar alimentos ou cosméticos, pode causar 100.000 mortes precoces ao ano nos Estados Unidos, alertou um estudo da Universidade de Nova York, publicado nesta terça-feira (12).

Durante décadas considerou-se que os ftalatos, usados para tornar o plástico mais flexível, atuassem como "disruptores hormonais".

Os cientistas acreditam que estas toxinas penetrem no corpo através da comida ou dos cosméticos em contato com estes plásticos e sua exposição está relacionada com a obesidade, o diabetes e as doenças cardiovasculares.

A pesquisa realizada na Escola de Medicina Grossman, da Universidade de Nova York, com mais de 5.000 adultos entre 55 e 64 anos mostra que aqueles com maior concentração de ftalatos na urina correm mais riscos de morrer de uma doença cardíaca do que os menos expostos.

No entanto, não parece aumentar o risco de morte por câncer.

"Descobrimos que a exposição crescente aos ftalatos está vinculada a mortes prematuras, em particular nas doenças do coração", diz o estudo, conduzido pelo professor Leonardo Trasande, e publicado nesta terça no jornal Environmental Pollution.

"Até agora, sabíamos que os químicos tinham relação com as doenças do coração e que as doenças do coração são as principais causas de morte, mas não tínhamos relacionado os próprios químicos com a mortalidade", assegura.

No entanto, Trasande adverte de que o novo estudo não estabelece uma relação de causa-efeito direta entre a exposição aos ftalatos e a mortalidade, em parte porque os mecanismos biológicos específicos nesta relação são incertos.

Mas a análise de outros estudos de saúde anteriores sugerem que "o pedágio deste químico na sociedade é maior do que pensávamos", diz Trasande em um comunicado, assegurando que é "inegavelmente claro que limitar a exposição ao ftalato tóxico pode ajudar a salvaguardar o bem-estar físico e financeiro dos americanos".

Outros estudos já tinham evidenciado que os ftalatos causam mais de 10.000 mortes ao ano, devido à queda nos níveis de testosterona em homens adultos.

As consequências econômicas da toxicidade destes produtos químicos para a saúde são estimadas em perdas de até 47 bilhões de dólares, quatro vezes mais do que o estimado até agora.


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