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Estado de Minas LONDRES

Parlamento britânico aponta 'fracasso' do governo no início da pandemia


11/10/2021 22:00

Um contundente relatório parlamentar divulgado nesta terça-feira (segunda-feira, 11, no Brasil) acusou o governo britânico e seus assessores científicos de erros e grandes atrasos na gestão inicial da pandemia, condenando "um dos maiores fracassos de saúde pública" do país.

A investigação, conduzida por duas comissões parlamentares após meses de sessões, afirma que o governo de Boris Johnson "deliberadamente" adotou uma "estratégia gradual e progressiva" em vez de medidas mais radicais.

Essa "má" decisão foi motivada pelos conselhos de assessores científicos de Downing Street, indica o relatório elaborado com a participação de vários partidos, incluindo os conservadores no poder.

Desde o início da pandemia, o Reino Unido se destacou como um dos países mais afetados pelo coronavírus na Europa, com 138 mil mortes até o momento.

Até 23 de março de 2020, o Executivo "só procurava moderar a velocidade de infecção" na população, em vez de tentar deter completamente sua propagação "devido às recomendações científicas oficiais".

O estudo observa que o grupo consultivo do governo foi "unânime" em 13 de março de 2020 "sobre o fato de que medidas visando suprimir completamente a disseminação da covid-19 causariam um segundo pico".

É "espantoso" que tenham demorado tanto para perceber que era necessário um confinamento completo, dizem os parlamentares, apontando que havia evidências da inevitabilidade dessa medida, como um modelo do Imperial College de Londres que previa 500 mil mortes caso a epidemia não fosse contida.

"As decisões relativas ao confinamento e ao distanciamento social tomadas nas primeiras semanas da pandemia - e os conselhos que as provocaram - constituem um dos maiores fracassos de saúde pública que o Reino Unido já viu", afirmam os legisladores.

O relatório parlamentar também celebra alguns "grandes sucessos" na gestão governamental, como o programa de vacinação implantado rapidamente no país.

"É essencial extrair lições para ser o mais competente possível no resto da pandemia e no futuro", declararam em comunicado conjunto Greg Clark e Jeremy Hunt, presidentes das duas comissões encarregadas do relatório.


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