Jornal Estado de Minas

ROMA

Autoridades de grupo de extrema direita são presas após manifestações violentas em Roma

Vários membros de um grupo italiano de extrema direita, Forza Nuova, incluindo duas autoridades, foram presos neste domingo (10), após os violentos confrontos que seguiram um protesto contra o passaporte sanitário em Roma.



Centenas de pessoas entraram em confronto com a polícia no centro da capital italiana na noite de sábado, causando graves danos à sede da CGIL, a principal confederação sindical do país.

As forças de segurança usaram canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, em confrontos que duraram várias horas.

"Os responsáveis pelo assalto à sede nacional da CGIL foram rapidamente detidos. Passaram muito tempo agindo para alimentar as tensões e a violência", declarou satisfeito o deputado Federico Fornaro.

"A violência fascista deve parar imediatamente. Todas as forças democráticas estão hoje com a CGIL e as forças policiais", disse a senadora Andrea Marcucci.

Segundo a imprensa italiana, doze pessoas foram presas. Entre elas estão Roberto Fiore, secretário nacional da Forza Nuova, e Giuliano Castellino, chefe do movimento em Roma.

O Forza Nuova é um partido neofascista de extrema direita criado em 1997. Seu programa prevê, entre outras coisas, a proibição do aborto, o fim da imigração e a abolição das leis contra o incitamento ao ódio por razões políticas, raciais ou religiosas.

Em nenhuma das eleições que concorreu, sozinho ou em coligação, conseguiu chegar a 0,5% dos votos.

Muitas vozes, especialmente do centro e da esquerda, exigiram sua dissolução.

audima