A resolução, que também foi proposta por Sri Lanka, foi adotada por 27 votos a favor. Outros 20 países se abstiveram, entre eles França, Reino Unido e Alemanha, e nenhum dos 47 Estados-membros do conselho votou contra.
Neste texto, está escrito que "o legado do colonialismo, em todas as suas manifestações, como a exploração econômica, as desigualdades nos Estados e entre elas, o racismo sistêmico, as violações dos direitos dos povos indígenas, as formas contemporâneas de escravidão e os danos ao patrimônio cultural, tem efeitos negativos no exercício efetivo de todos os direitos humanos".
A resolução destaca que é "de grande importância eliminar o colonialismo e denunciar os efeitos negativos do legado do colonialismo no exercício dos direitos humanos".
Por isso, pede aos Estados-membros e aos órgãos competentes das Nações Unidas que "tomem medidas concretas".
Também foi decidido convocar uma reunião sobre este assunto dentro de um ano, para analisar as dificuldades encontradas e debater sobre qual caminho seguir. Este processo será objeto de um relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Embora o texto não tenha consequências concretas, reflete o compromisso cada vez maior da China no Conselho dos Direitos Humanos, a mais alta instância da ONU neste âmbito.
Pequim aproveita que os Estados Unidos se retiraram do conselho em 2018 para ampliar sua influência.
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GENEBRA
China e Venezuela votam resolução na ONU sobre o legado do colonialismo
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