"Das oito pessoas que morreram nesse bombardeio, quatro eram adolescentes, dos quais um tinha menos de 13 anos", afirma Cepeda em um vídeo publicado em sua conta no Twitter.
A morte dos jovens lembra um ataque militar semelhante ocorrido em agosto de 2019. Cepeda acusou os rebeldes de "recrutamento forçado de menores", e o governo, de usar "métodos indiscriminados", ambas práticas proibidas pelo Direito Humanitário Internacional.
O chefe da pasta da Defesa, Diego Molano, culpou o ELN pelo resultado da operação: "Quem recruta menores são eles, os responsáveis por violações e crimes contra a humanidade são eles, e são eles que devem ser denunciados, não a nossa força pública", argumentou no Congresso.
O Exército descreveu a operação como "legítima, legal e no âmbito do Direito Humanitário Internacional. É o ELN que comete um crime de guerra ao recrutar menores à força e colocá-los dentro de um alvo militar."
O Direito Humanitário Internacional proíbe o recrutamento de menores de 15 anos. Ao longo do conflito interno, as forças irregulares recrutaram menores. O tribunal de paz que emergiu do acordo que desarmou as Farc investiga essa organização por ter recrutado cerca de 6.000 menores de 14 anos em cinco décadas de rebelião armada.
O ELN, última guerrilha reconhecida no país, reúne 2.450 combatentes, segundo cálculos do centro de estudos independente Indepaz. Embora o pacto com as Farc tenha reduzido significativamente a violência na Colômbia, ainda existem grupos armados ativos, que se financiam principalmente com o tráfico de drogas e a mineração ilegal.
Twitter
audima