Jornal Estado de Minas

MILÃO

Itália aprova grandes linhas de reforma fiscal

O governo italiano chefiado por Mario Draghi aprovou nesta terça-feira (5) em um conselho de ministros uma ampla reforma para reduzir a carga tributária sobre a renda relacionada ao trabalho e reforçar o combate à evasão fiscal.



A Comissão Europeia pede há tempos esta reforma, pois considera que a elevada carga fiscal na Itália freia a geração de empregos e os investimentos.

Soma-se à reforma do sistema judicial da Itália, um dos menos eficazes da Europa, que foi adotada em setembro pelo Parlamento para acelerar os intermináveis processos judiciais e desafogar os tribunais.

"Conter a invasão fiscal é uma condição necessária para reduzir as taxas de impostos e distribuir a carga fiscal de forma mais favorável ao crescimento econômico", disse o ministro da economia italiano, Daniele Franco.

O governo quer reforçar o combate à evasão fiscal, que custa à Itália cerca de 100 bilhões de euros (116 bilhões de dólares) ao ano, segundo as últimas estimativas citadas por Franco.

Para aliviar o carga dos impostos, o governo destinará 2 bilhões de euros a partir de 2022 e 1 bilhão de euros ao ano a partir de 2023. Será dado um prazo de 18 meses para elaborar os decretos que detalhem a reforma.

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