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Estado de Minas TÓQUIO

Fumio Kishida, um político de consenso para dirigir o Japão


04/10/2021 06:16

Fumio Kishida, de 64 anos, eleito nesta segunda-feira (4) primeiro-ministro do Japão no Parlamento, é um ex-ministro das Relações Exteriores pouco carismático, mas com um caráter de consenso.

Kishida deu um passo decisivo na semana passada ao conquistar a presidência do Partido Liberal Democrático (PLD, direita conservadora), que domina a vida política japonesa desde 1955.

Seguindo os passos do pai e do avô, ele é deputado por Hiroshima (oeste do Japão) na Câmara Baixa do Parlamento desde 1993.

Após a segunda tentativa, Kishida vai comandar o governo nipônico.

No ano passado, ele não conseguiu vencer a disputa pela liderança do PLD, ao ser derrotado em uma votação interna por Yoshihide Suga - que renunciou depois de apenas um ano como primeiro-ministro devido a sua impopularidade.

"Não era suficientemente bom", admitiu Kishida recentemente sobre sua campanha anterior pela presidência do PLD em 2020.

"Desta vez foi diferente. Tenho a firme convicção de que sou o líder necessário agora", declarou, ao destacar a pertinência para o momento atual de seu caráter monótono, mas sem conflitos.

As correntes dominantes no PLD consideraram que Kishida era "uma aposta mais segura em termos de estabilidade" que o principal rival, Taro Kono, mais popular entre os militantes, mas "menos influenciável" pelos caciques do partido, explica à AFP Brad Glosserman, analista político e professor da Universidade Tama de Tóquio.

- "Política de generosidade" -

Kishida foi ministro das Relações Exteriores durante cinco anos (2012-2017), sob o governo de Shinzo Abe.

Partidário do desarmamento nuclear no mundo, ele trabalhou pela visita de Barack Obama a Hiroshima em 2016, o que representou a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos em exercício viajou para esta cidade devastada pela bomba atômica em 1945.

Ao mesmo tempo, ele aposta em reativar a produção de energia nuclear com fins civis no Japão. O uso se tornou restrito no país, devido à catástrofe de Fukushima em 2011.

Além de retomar a atividade de antigos reatores, ele deseja desenvolver pequenos reatores modulares.

O ex-funcionário do setor bancário também prometeu um novo plano orçamentário para acelerar a recuperação econômica após o impacto da pandemia e para reduzir as desigualdades sociais.

"As pessoas querem uma política de generosidade", afirmou Kishida, que mantém uma posição ambígua na área econômica, pois também defende reduzir a dívida nipônica. Em 2020, ela representava 256% do PIB, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

- Contrário ao casamento gay -

Nas questões sociais e direitos civis, ele parece mais conservador que Kono, seu grande rival no PLD.

Kishida afirmou que não chegou o momento de "aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo", que continua ilegal no Japão.

Também mostrou uma opinião pouco clara sobre o direito das pessoas casadas de não usarem o mesmo sobrenome do outro integrante do casal, uma questão polêmica no Japão.

Fã de beisebol, o esporte preferido dos japoneses, é um torcedor do Hiroshima Toyo Carp, clube de seu reduto familiar e político.

Durante a infância, morou com a família em Nova York, onde afirma que foi vítima de racismo na escola. Graças à experiência difícil, afirma que aprendeu o senso de justiça e igualdade.

Para desgosto de seus pais, Kishida fracassou em três tentativas de admissão na Faculdade de Direito da prestigiosa Universidade de Tóquio ("Todai"). Ele estudou Direito em Waseda, outra conhecida universidade da capital.

Fã de beisebol, o esporte preferido dos japoneses, é um torcedor do Hiroshima Toyo Carp, clube de seu reduto familiar e político.

Durante a infância, morou com a família em Nova York, onde afirma que foi vítima de racismo na escola. Graças à experiência difícil, afirma que aprendeu o senso de justiça e igualdade


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