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Estado de Minas TEGUCIGALPA

Vice-presidente, ex-presidente e prefeito envolvidos nos 'Pandora Papers' em Honduras


03/10/2021 20:24

O favorito nas eleições presidenciais de Honduras e atual prefeito da capital Tegucigalpa, Nasry Asfura, o vice-presidente Ricardo Álvarez e o ex-presidente Porfirio Lobo foram apontados neste domingo (3) em uma investigação sobre o uso de paraísos fiscais para esconder dinheiro, conhecida como "Pandora Papers'.

A investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) - envolvendo cerca de 600 jornalistas, inclusive do The Washington Post, BBC e The Guardian - se baseia no vazamento de cerca de 11,9 milhões de documentos de 14 empresas de serviços financeiros em todo o mundo.

Entre os hondurenhos, o informe menciona que "Lobo criou três empresas no Panamá, duas delas enquanto era presidente" e que "documentos também indicam uma conexão com duas outras empresas panamenhas com seu filho e uma com sua esposa".

No entanto, Lobo argumentou ao ICIJ que abriu as sociedades "para administrar um empréstimo no Panamá, por segurança e por taxas de juros preferenciais". Mais tarde, disse à AFP: "Não tenho nada a declarar, ter uma empresa offshore não é nada ilegal."

A publicação também afirma sobre Asfura - candidato à presidência pelo partido no poder, o PN, de direita - que em 2006 "um escritório de advocacia registrou uma empresa (em seu nome) no Panamá chamada Karlane Overseas S.A.".

Segundo documento enviado à AFP por assessores do prefeito, Asfura deixou de ser acionista desta companhia em 20 de junho de 2007.

No caso do vice-presidente Álvarez, que também foi prefeito de Tegucigalpa, ele também é apontado pelo ICIJ como acionista de uma firma offshore. O governo não se pronunciou imediatamente sobre o assunto.

Asfura vem sendo investigado pela Justiça hondurenha nos últimos meses por possíveis casos de corrupção vinculados a sua atuação como funcionário público.

Em março, durante o julgamento de um traficante de drogas em um tribunal dos Estados Unidos, o líder do clã Los Cachiros, Devis Rivera, disse ter oferecido suborno a políticos hondurenhos, entre eles o atual presidente Juan Orlando Hernández e Álvarez. Ambos negaram as acusações.


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