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Estado de Minas MILÃO

Muito trabalho por fazer antes da COP26, afirma presidente da conferência sobre o clima


02/10/2021 14:28 - atualizado 02/10/2021 14:31

Após três dias de discussões em Milão, ainda resta muito trabalho para fazer com que a crucial conferência sobre o clima de Glasgow, a COP-26 em novembro, seja um sucesso, afirmaram as autoridades ao final das reuniões.

Os representantes de quase 50 países, incluindo Estados Unidos e China, assim como de países em desenvolvimento, participaram de maneira presencial ou virtual na reunião de Milão, onde examinaram os temas delicados que serão abordados dentro de um mês em Glasgow.

"Ainda resta muito trabalho. Não subestimo a quantidade de trabalho necessário", admitiu o presidente da COP26, Alok Sharma, durante uma entrevista coletiva neste sábado.

Ao mesmo tempo, ele disse que as discussões foram "construtivas", com um "verdadeiro senso de urgência" para atuar contra a mudança climática.

"Todos reconhecem que Glasgow será provavelmente um momento chave para fixar as ambições para a próxima década (...). Há consenso de que temos que fazer mais para que seja possível limitar a temperatura a +1,5º C", completou.

O Acordo de Paris de 2015 estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento "muito abaixo" de +2 Cº, e se possível de +1,5º C.

Mas vários países signatários se mostraram relutantes nos últimos anos a reconhecer a meta de +1,5º C, em particular Arábia Saudita e Rússia, que participaram na pré-conferência de Milão.

De acordo com a avaliação mais recente da ONU, os compromissos atuais dos Estados levariam o mundo a um aquecimento "catastrófico" de +2,7º C.

"Não pode haver dúvida na mente de ninguém de que estamos lutando pela sobrevivência da humanidade", afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

Para tentar impedir uma alta de 1,5°C em 2030, como temem os cientistas da ONU, "o mundo precisa de uma mostra de grande ambição e liderança corajosa para conseguir que Glasgow seja um sucesso", escreveu no Twitter a secretária das Nações Unidas para o Clima, a mexicana Patricia Espinosa.

De acordo com Sharma, "algumas delegações destacaram que todos devem se envolver, mas principalmente os países do G20", que representam 80% das emissões globais.

Todos os olhos estão voltados para Índia e China, que ainda não enviaram seus compromissos climáticos à ONU.

Outro tema delicado é a promessa não cumprida dos países ocidentais de conceder em 2020 aos países em desenvolvimento uma ajuda anual de 100 bilhões de dólares em 2020 para enfrentar a transição verde.

De acordo com os dados mais recentes da OCDE, esta representou apenas 79,6 bilhões de dólares em 2019.

A recente decisão dos Estados Unidos de dobrar sua contribuição não ajudará a compensar os 20 bilhões que faltam.

"Se a COP26 quer começar bem", o plano de financiamento que está sendo desenvolvido pela Alemanha e pelo Canadá e que será apresentado em Glasgow "deve mostrar que os países desenvolvidos respeitarão e inclusive vão superar suas promessas", disse Andreas Sieber, da Climate Action Network.

"Devemos restabelecer a confiança e esta confiança deve ser baseada em gestos fortes", disse a ministra francesa da Transição Ecológica, Barbara Pompili.

"Se não conseguirmos, será uma catástrofe, também para os líderes mundiais, advertiu.


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