Com 237 votos a favor de conservadores e nacionalistas, 179 contra e 31 abstenções, o Parlamento aprovou o pedido de prorrogação dessas medidas feito pelo governo e ratificado pelo presidente Andrzej Duda.
A Polônia acusa a Rússia e a Belarus de promoverem essa onda de migração clandestina em sua fronteira oriental, enquanto a União Europeia vê uma retaliação às sanções impostas ao regime de Minsk por sua repressão à oposição.
É a primeira vez desde a queda do comunismo que a Polónia aplica tais medidas, que proíbem o acesso à zona fronteiriça a não residentes, incluindo jornalistas.
O ministro do Interior polonês, Mariusz Kaminski, recomendou a extensão, garantindo que muitos migrantes tinham ligações com "grupos radicais ou criminosos".
Segundo ele, 11,5 mil pessoas tentaram cruzar a fronteira desde o início do ano e 1,5 mil foram detidas no país.
Organizações não governamentais polonesas alertam contra uma crise humanitária na fronteira oriental da UE, onde seis pessoas morreram de frio, fome ou exaustão.
Na segunda-feira, a imprensa polonesa independente divulgou imagens de mulheres e crianças devolvidas à fronteira por agentes poloneses em meio a um clima frio e chuvoso.
VARSÓVIA