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Estado de Minas GUAYAQUIL

Prisão do Equador é isolada por militares após rebelião com 30 mortos


29/09/2021 14:31

Uma prisão no Equador permanecia cercada por um forte cordão militar nesta quarta-feira (29), no dia seguinte a uma rebelião que deixou ao menos 30 detentos mortos e 47 feridos, na segunda revolta mais violenta do ano neste país que sofre uma crônica crise penitenciária.

A presença de soldados do lado de fora do presídio Guayas 1, que faz parte de um grande complexo penitenciário no porto de Guayaquil (sudoeste), foi reforçada - segundo uma fonte militar - devido ao tiroteio entre reclusos pertencentes a gangues vinculadas a cartéis mexicanos de tráfico de drogas.

Devido à crise penitenciária, alimentada pela superlotação, corrupção, insuficiência de guardas e violência, os militares apoiam há meses o controle externo das prisões de Guayaquil.

Os confrontos armados ocorreram na terça-feira na prisão Guayas 1, com um saldo de "30 PPL (pessoas privadas de liberdade) mortos, 47 PPL feridos", informou nesta quarta-feira o comandante policial em Guayaquil, general Fausto Buenaño, ao atualizar o número de vítimas.

O Ministério Público estabeleceu, no dia anterior, o número de vítimas em 29 presos mortos e 42 feridos, ao anunciar uma investigação sobre os confrontos.

"Seis dos PPL mortos teriam sido decapitados", acrescentou o corpo acusador no Twitter.

A polícia entrou em Guayas 1 e "evitou mais mortes violentas lá dentro", acrescentou Buenaño, que liderou as ações para retomar o controle da prisão. "Evitamos que isso fosse um mal maior".

No entanto, até meia-noite de terça-feira, a Polícia anunciou que voltou ficar atenta ao "alerta de possíveis confrontos" entre presidiários.

A revolta agrava a crise penitenciária no Equador, causada pelos confrontos pelo poder entre gangues criminosas vinculadas aos cartéis mexicanos de Sinaloa e Jalisco Nueva Generación, que já deixavam cerca de 120 presos mortos no decorrer do ano no país, segundo as autoridades.

Só em 23 de fevereiro, motins simultâneos em quatro presídios de três cidades deixaram ao menos 79 presidiários mortos, entre eles alguns decapitados.

"Realmente é lamentável o que está acontecendo dentro" dos presídios, disse Buenaño.

O órgão governamental encarregado das prisões (SNAI) afirmou no Twitter que suspendeu por 48 horas, nesta quarta-feira, as atividades administrativas "não prioritárias" no complexo penitenciário de Guayaquil.

Há duas semanas, um presídio nesse mesmo complexo foi atacado com drones com explosivos em meio a "uma guerra entre cartéis internacionais", de acordo com o SNAI. O incidente não deixou vítimas, mas gerou danos materiais.

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