O desaparecimento da londrina Sarah Everard durante o confinamento em março chocou o Reino Unido, provocou protestos e deflagrou um grande e acalorado debate sobre a segurança das mulheres nas ruas.
Wayne, agente da unidade de elite de proteção diplomática da Polícia de Londres, admitiu em julho seu sequestro, estupro e assassinato.
Em 3 de março, Sarah voltava para casa, depois de visitar amigos no sul de Londres. Ela foi estrangulada, e seu corpo, queimado. Seus restos mortais foram encontrados em uma floresta uma semana depois.
No primeiro dos dois dias de audiências, o promotor Tom Little relatou como o policial deteve Sarah, acusando-a de violar as restrições de deslocamento. Naquele momento, por causa da pandemia da covid-19, reuniões na casa de outras pessoas estavam proibidas.
Couzens, que estava de folga, sequestrou Sarah em uma "falsa detenção", "algemando-a e mostrando-lhe sua credencial", acrescentou o promotor.
Imagens de câmeras de segurança da rua mostraram esta cena. Um casal que passava de carro também foi testemunha e disse ter presumido se tratar de um policial disfarçado, fazendo uma prisão, completou Tom Little.
Cercada de grande expectativa, a sentença de Couzens deve ser anunciada nesta quinta-feira (30).
LONDRES