O líder do SPD "Olaf Scholz tem mais possibilidades de se tornar chanceler neste momento, claramente", declarou o dirigente do partido conservador bávaro CSU, Markus Söder, em entrevista coletiva.
Com isso, ele se distancia de seu homólogo da CDU, Armin Laschet, que ainda espera suceder a Merkel, apesar do segundo lugar obtido no domingo (26).
"Nenhum mandato para governar pode se legitimar moralmente com base neste resultado eleitoral" obtido pelos conservadores, no domingo, o pior desde 1949, disse Söder, que aspirava a concorrer à chancelaria, mas teve de recuar em favor de Laschet, menos popular.
"O resultado de uma eleição não pode ser reinterpretado (...), deve ser aceito. É uma regra básica da democracia", insistiu.
"O SPD não tem muita vantagem, mas continua na frente dos partidos da União (CDU e CSU)", ao término das eleições parlamentares, reforçou o líder da bancada do CSU, Alexander Dobrindt, no Bundestag.
"Consequentemente, não podemos reivindicar um direito automático a um governo da União" e "temos de entender que os Verdes e o FDP (o partido liberal) são os primeiros a discutir com o SPD", para formar o próximo governo, acrescentou.
Uma coalizão entre o SPD, os Verdes e o FDP é a "primeira solução óbvia", insistiu Söder.
Laschet, que já havia sido abandonado por vários de seus correligionários, incluindo lideranças da sua sigla, vê a corda ficar um pouco mais apertada agora.
Se a CSU se dissociar do partido de Merkel, este último não poderá nem mesmo formar uma coalizão com os Verdes e com o FDP. Sem a contribuição dos parlamentares bávaros, não terá deputados suficientes no Bundestag.
BERLIM