O ministro francês lembrou que um "primeiro passo" foi dado durante a conversa por telefone dos dois presidentes, Joe Biden e Emmanuel Macron, na quarta-feira, mas ressaltou que "o fim da crise (...) levará tempo e exigirá ações", segundo um comunicado de sua pasta.
Na ocasião, os presidentes tentaram reconstruir uma confiança altamente abalada após o anúncio de uma aliança estratégica entre os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido, que resultou no cancelamento de um megacontrato de submarinos franceses com Canberra.
Ambos os líderes concordaram que "consultas abertas entre aliados" teriam "evitado essa situação".
O encontro entre Le Drian e Blinken, que aconteceu na missão diplomática francesa junto à ONU, no 44º andar de um edifício em Nova York, durou cerca de uma hora e foi realizado com grande discrição, longe de microfones e câmeras.
Le Drian "concordou em manter contato próximo com Antony Blinken" para "restaurar a confiança", acrescentou o comunicado francês sem maiores detalhes.
Em particular, Le Drian se mostrou nos últimos meses elogioso a seu colega, um americano francófilo, que viveu na França quando era adolescente e fala fluentemente o francês.
Depois de dirigir duras palavras aos Estados Unidos, o chanceler francês havia rejeitado no início da semana qualquer reunião bilateral com Blinken à margem da Assembleia Geral da ONU, da qual ambas as autoridades participam esta semana em Nova York.
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