Um dos líderes do partido Rússia Unida, Andrei Turchak, afirmou que sua formação conseguiu ao menos 315 cadeiras de um total de 450, o que ele chamou de vitória "clara e limpa", apesar das muitas acusações de fraude da oposição anti-Kremlin que, após meses de repressão, foi excluída das eleições.
Após a apuração de 85% das urnas, o partido do presidente Vladimir Putin conseguiu 49,76% dos votos, contra 19,61% dos comunistas.
O resultado ainda não definitivo representa uma queda para o Rússia Unida em relação a 2016, quando o partido conseguiu 54% dos votos e 334 deputados.
Turchak reivindicou ainda a vitória nas 39 regiões que renovaram os Parlamentos locais.
O movimento do opositor detido Alexei Navalny denunciou fraudes durante a votação e durante a apuração.
O Rússia Unida está longe de provocar unanimidade entre a população, com um nível de confiança inferior a 30%, de acordo com o instituto de pesquisas estatal VTsIOM.
A votação, que aconteceu de sexta-feira a domingo, aconteceu após uma intensa onda de repressão contra a oposição, incluindo a detenção de Navalny, que viu sua organização ser banida por ser considerada "extremista".
Os simpatizantes de Navalny defenderam o "voto inteligente" e a aposta nos candidatos com mais chances de impedir a eleição dos representantes do partido de Putin. Na maioria dos casos eram candidatos comunistas.
MOSCOU