Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

Filarmônica de Nova York volta para 'casa' após longa pausa por covid

Depois de uma paralisação de 556 dias por causa da pandemia de covid-19, a Orquestra Filarmônica de Nova York abre a sua nova temporada nesta sexta-feira (17), a "volta para casa" dos músicos que tiveram que se reinventar com apresentações online e no exterior durante mais de um ano.



Após meses de crise, a Filarmônica nova-iorquina, uma das instituições musicais mais antigas dos Estados Unidos, inaugurará sua temporada com o concerto para piano Nº 4 de Beethoven, e as composições "Within Her Arms", de Anna Clyne; "Quiet City", de Aaron Copland, e "Antifonys", de George Walker.

A pandemia obrigou a orquestra a cancelar sua temporada 2020-21, o que gerou um prejuízo de mais de US$ 21 milhões apenas na venda de ingressos.

Além disso, o grupo de músicos ficou sem sua "casa" oficial, já que o David Geffen Hall, no Lincoln Center, está passando por uma reforma. Assim, a maior parte da temporada 2021-22 será em outras duas salas que o complexo artístico Lincoln Center possui em Manhattan.

Apesar disso, Chris Martin, o principal trompetista da orquestra, considera que o início da temporada supões sim uma "volta para casa".

"Estou entusiasmado. Sinto que é quase como um renascimento como músico", disse o instrumentista à AFP, durante um ensaio antes da primeira apresentação oficial.



Durante a temporada cancelada da Filarmônica, os músicos passaram a fazer pequenas apresentações em lugares-surpresa na cidade, respondendo com criatividade à sede de música dos nova-iorquinos.

"Tocar ao ar livre é fantástico (...) Mas voltar a este espaço e ter uma audiência outra vez. É realmente como uma volta para casa", opinou o músico.

O concerto desta sexta-feira (17) é mais um evento que marca o retorno à normalidade em Nova York, que começou com o excêntrico desfile Met Gala esta semana, e antes do festival de Música Governors Ball, entre os dias 24 e 26, e da reabertura da Metropolitan Opera em 27 de setembro.

Kathy Greene, violinista da Filarmônica por mais de 30 anos, disse à AFP que sente que os integrantes da orquestra são "parte importante da volta à normalidade em Nova York".

"Estamos no caminho certo. Trata-se de um novo início muito otimista e excitante, e esperamos seguir assim", afirmou.

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