No até agora prédio do ministério dos Assuntos Femininos, trabalhadores instalaram uma nova placa com o nome do ministério para a Propagação da Virtude e da Prevenção do Vício.
Várias mensagens publicadas nas últimas 24 horas nas redes sociais mostravam funcionários do ministério dos Assuntos Femininos se manifestando em frente à sede por terem sido supostamente destituídos.
"Ninguém escuta as nossas mulheres", denunciou um internauta no Twitter, enquanto outro escreveu com sarcasmo: "Podíamos esperar algo diferente desses animais".
Nenhuma autoridade do Talibã respondeu aos pedidos de entrevista da AFP nesta sexta-feira, para que se explicassem sobre esses fatos.
Embora os insurgentes insistam que goverarão com maior moderação do que em seu primeiro mandato (1996-2001), não autorizaram a maioria das mulheres a retomar o trabalho e introduziram regras sobre suas roupas na universidade.
Nenhuma mulher faz parte do novo conselho de ministros do Talibã, anunciado há duas semanas.
Durante o primeiro governo dos fundamentalistas, as mulheres foram excluídas da vida pública e só podiam sair de casa se usassem burca e estivessem acompanhadas por um familiar masculino.
Naquela época, os agentes do ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício eram conhecidos por chicotearem mulheres que andavam sozinhas pela rua e por exigirem outro tipo de comportamento, inspirado em uma interpretação muito rigorosa do Islã.
CABUL