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Estado de Minas POLÊMICA NA ITÁLIA

Jornalista questiona vítimas de feminicídios e recebe fortes críticas

Barbara Palombelli insinuou que os recentes assassinatos de mulheres por violência de gênero na Itália poderiam ter sido causadas pelas vítimas


17/09/2021 12:32 - atualizado 17/09/2021 13:53

"É justo perguntar: esses homens estavam completamente fora de si, completamente confundidos, ou também houve um comportamento irritante e agressivo do outro lado?", disse Palombelli (foto: Reprodução/ Forum/ Rede 4)

Uma conhecida jornalista da televisão italiana foi alvo de duras críticas nesta sexta-feira (17), depois que insinuou que os recentes assassinatos de mulheres por violência de gênero no país poderiam ter sido causadas pelas vítimas.

Na Itália, uma mulher é assassinada em média a cada três dias, um fenômeno que se tornou uma emergência nacional após a série de recentes assassinatos cometidos pelo parceiro ou ex-parceiro.

"Nos últimos sete dias, sete mulheres foram assassinadas supostamente por sete homens", disse a apresentadora de televisão Barbara Palombelli no programa "Forum" no canal privado Rete 4 do Mediaset.

"É justo perguntar: esses homens estavam completamente fora de si, completamente confundidos, ou também houve um comportamento irritante e agressivo do outro lado?", disse Palombelli.

Seus comentários geraram indignação nas redes sociais e na imprensa.

"Quando a imprensa afirma que um feminicídio pode ser o resultado do comportamento da vítima, estamos culpando a vítima, o que é justamente uma das causas dos feminicídios e da falta de sanções e leis adequadas", escreveu a Anistia Itália no Twitter.

"A violência contra as mulheres não têm justificativa", acrescentou a ministra para a Igualdade, Elena Bonetti.

De 2015 a 2019, 538.000 mulheres foram vítimas de abusos físicos ou sexuais por parte de seus parceiros, segundo a agência nacional de estatísticas da Itália, Istat.

Os especialistas estimam que esses números provavelmente não refletem a verdadeira dimensão do fenômeno, porque muitas mulheres hesitam em denunciar a violência que sofrem por medo de perderem suas casas e seus filhos.


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