"Vamos incentivar mais países a seguirem o exemplo dos Emirados Árabes Unidos, do Bahrein e do Marrocos. Queremos ampliar o círculo da diplomacia pacífica", disse Blinken, em um encontro virtual com ministros dos três países, além de Israel.
Os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein e, logo depois, o Marrocos, normalizaram os laços com Israel no ano passado. Foram as primeiras medidas desse tipo adotadas por Estados árabes em décadas.
O então presidente Donald Trump considerou que os chamados Acordos de Abraham eram uma vitória diplomática fundamental, e Blinken deixou claro que o presidente Joe Biden concorda.
"Este governo continuará a se basear nos esforços bem-sucedidos do último governo para manter a normalização em andamento", afirmou Blinken.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, também manifestou sua esperança de ampliar o reconhecimento. Assim como Blinken, Lapid representa um novo governo, após o acordo firmado por um governo de direita.
O diplomata anunciou que visitará o Bahrein ainda este mês. Será a primeira visita de um chanceler israelense ao país.
"Temos que mencionar também o fato de que este clube dos Acordos de Abraham está aberto a novos membros", convidou Lapid.
Os críticos da abordagem de Trump diziam que a pressão pela reconciliação dos países árabes com Israel tinha a intenção de substituir esforços significativos para fazer avançar os direitos palestinos. Estes, por sua vez, rejeitaram a mediação da administração anterior, considerando-a parcial.
O chanceler marroquino, Nasser Bourita, afirmou que a normalização não substitui um acordo com os palestinos.
"O Marrocos acredita que não há outra alternativa a uma solução de dois Estados com um Estado palestino independente", frisou.
A comemoração desta sexta foi marcada pela ausência do Sudão, cujo novo governo apoiado por civis - desesperado por apoio dos EUA - prometeu a Trump avançar com Israel. Desde então, no entanto, tem hesitado em face da oposição pública doméstica.
audima