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Estado de Minas LONDRES

Dois homens são acusados por assassinato de jornalista na Irlanda do Norte


17/09/2021 06:37

Dois homens foram acusados do assassinato da jornalista Lyra McKee, morta a tiros na Irlanda do Norte durante confrontos entre dissidentes republicanos e a polícia em abril de 2019 - anunciaram as autoridades da Irlanda do Norte.

Os dois suspeitos, de 21 e 33 anos, também foram acusados de posse de arma de fogo e munição com a intenção de pôr em risco a vida, de participação em uma revolta, de portar coquetéis molotov e provocar incêndio, relatou a polícia em um comunicado divulgado na noite de quinta-feira (16).

Eles devem comparecer ao tribunal de Londonderry nesta sexta-feira (17), junto com um terceiro homem, de 20 anos, acusado de posse de coquetéis molotov e de participar de distúrbios.

Um quarto indivíduo, de 19 anos, foi posto de liberdade.

Os quatro haviam sido detidos na quarta-feira (15) em Londonderry, uma cidade na fronteira com a República da Irlanda.

Em meados de fevereiro de 2020, o suspeito Paul McIntyre foi acusado de homicídio. Segundo seu advogado, seu envolvimento consistiu na coleta das cápsulas de bala após o assassinato, mas não foi ele que atirou.

A arma do crime foi encontrada e identificada em meados de junho. Posteriormente, em julho de 2020, um homem de 27 anos foi acusado de cometer infrações à lei sobre armas de fogo.

Lyra McKee foi morta a tiros em 18 de abril de 2019, na zona católica de Creggan, em Londonderry.

Criado em 2012, o grupo republicano dissidente Novo IRA admitiu a responsabilidade por sua morte em uma declaração ao jornal The Irish News.

O novo IRA alegou que a jornalista estava "junto com as forças inimigas", referindo-se à polícia, e transmitiu "desculpas sinceras e sem reservas" a seus familiares.

Sua morte causou grande comoção na Irlanda do Norte, revivendo a memória de três décadas de conflito sangrento entre republicanos católicos e unionistas protestantes, o qual também teve a participação do Exército britânico.

Com um balanço de cerca de 3.500 mortos, o conflito chegou ao fim com o Acordo de paz da Sexta-feira Santa de 1998, que exigia a retirada das forças britânicas e o desarmamento do Exército Republicano Irlandês (IRA).

Grupos dissidentes, como o Novo IRA, continuam ativos, lutando pela reunificação da ilha da Irlanda.


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