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Estado de Minas PARIS

Arco do Triunfo empacotado de Christo é 'presente para os franceses', diz ministra


16/09/2021 08:35

O Arco do Triunfo em Paris, empacotado em projeto do artista americano de origem búlgara Christo, é "um presente para os parisienses e para os franceses", declarou a nesta quinta-feira (16) a ministra da Cultura, Roselyne Bachelot, na apresentação da obra.

O "pacote", que será formalmente inaugurado pelo presidente Emmanuel Macron às 17H00 (12H00 de Brasília), consiste em 250.000 m2 de tecido de polipropileno reciclável, que brilha com tons azulados ao sol, anexado ao monumento com 3 km de cordas de cor vermelha.

O público poderá visitar a obra a partir de sábado. A grande praça ao redor do monumento, um dos pontos mais importante da cidade, será fechada ao trânsito nos fins de semana até 3 de outubro, quando o pacote será desfeito.

"É um presente formidável para os parisienses, para os franceses e, além disso, para todos os amantes da arte", disse Bachelot.

Esta é uma obra póstuma de Christo (1935-2020) e de sua companheira Jeanne-Claude (1935-2009), que foi concretizada pelo sobrinho do artista, Vladimir Yavachev.

"Christo sempre dizia que a parte mais difícil era conseguir as permissões", recordou Yavachev em entrevista coletiva de apresentação da obra. Mas desta vez a autorização veio de forma inesperadamente rápida, a partir da concepção do projeto em 2017, afirmou o executor do "Arco do Triunfo, empacotado".

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, explicou que a experiência prévia da cidade com Christo, quando ele empacotou em 1985 a Pont Neuf, foi decisiva para autorizar esta nova aventura artística.

O projeto da Pont Neuf, uma das pontes que cruzam o rio Sena, "foi uma maneira de despertar esta cidade", afirmou Hidalgo.

O Arco de Triunfo, que começou a ser construído em 1806, durante o regime de Napoleão, reúne em suas fachadas e colunas as vitórias do então imperador, e sob as colunas está o túmulo do soldado desconhecido, com uma chama que é acesa todas as noites.

O público poderá aproximar-se e tocar a obra, e a chama continuará sendo acesa a cada noite, disse Hidalgo.

Com um custo de 14 milhões de euros (US$ 16,5 milhões), o projeto foi totalmente autofinanciado com a venda de obras da Fundação Christo, afirmou Yavachev.

Christo chegou no início dos anos 1960 a Paris, depois de fugir da ditadura comunista em seu país. Na capital francesa conheceu Jeanne-Claude, e de seu sótão conseguia contemplar a cada dia o Arco do Triunfo, recordou o sobrinho. Imediatamente começou a sonhar com o projeto, que precisou de quase 60 anos para virar realidade.


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