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Estado de Minas WASHINGTON

Presidente ucraniano Zelensky busca ajuda de Biden para ingressar na Otan


01/09/2021 19:29 - atualizado 01/09/2021 19:31

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu nesta quarta-feira (1º) ao colega ucraniano, Volodimir Zelensky, se opor à "agressão russa", mas não deu sinais de avanço no pedido de Kiev para ingressar na Otan.

"Os Estados Unidos mantêm firmemente seu compromisso com a soberania e integridade territorial da Ucrânia diante da agressão russa e seu apoio às aspirações euro-atlânticas" do país do Leste europeu, declarou Biden a Zelenski no Salão Oval da Casa Branca.

Zelensky, que passou a terça-feira no Pentágono pressionando por assistência militar na luta da Ucrânia contra a Rússia e os separatistas apoiados por Moscou, é o segundo líder europeu que Biden recebe na Casa Branca, após a visita da chanceler alemã, Angela Merkel.

A pandemia de coronavírus e os agitados primeiros sete meses da gestão de Biden se traduziram em poucas visitas estrangeiras à Casa Branca. A visita de Zelensky foi adiada por dois dias devido à tensa retirada dos Estados Unidos do Afeganistão.

"O presidente Zelensky e a Ucrânia receberam muita, talvez até mais, atenção deste governo do que qualquer outro país europeu", disse um alto funcionário do governo de Biden, que pediu para não ser identificado.

A visita à Casa Branca é, sem dúvida, uma conquista para o presidente ucraniano, que busca se aproximar dos Estados Unidos desde que assumiu o cargo em 2019.

Um ex-comediante praticamente desconhecido no Ocidente, Zelensky se viu preso em uma tempestade política interna nos Estados Unidos quando o então presidente Donald Trump o pediu para lançar uma falsa investigação de corrupção contra a família de Biden antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2020.

As acusações de que Trump tentou bloquear a ajuda militar da Ucrânia para pressionar Zelensky provocaram um julgamento político que o republicano contornou com sucesso.

- Dura realidade -

No entanto, a dura realidade é que os objetivos mais ambiciosos de Zelensky para a relação entre Estados Unidos e Ucrânia se movem muito lentamente.

No Salão Oval, o mandatário ucraniano colocou sobre a mesa o sonho estratégico de seu governo: ingressar na aliança militar da Otan.

"Queria falar com o presidente Biden sobre sua visão, a visão de seu governo sobre a possibilidade da Ucrânia se unir à Otan e em quanto tempo", declarou Zelensky.

Mas Biden já deixou claro que não vê um caminho rápido para a entrada da Ucrânia na aliança militar da Otan, o que também seria cruzar a linha vermelha das relações com a Rússia.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, insistiu que o governo americano segue "apoiando e pedindo para que as portas da Otan permaneçam abertas para novos aspirantes".

Contudo, Psaki enumerou as diversas condições para uma admissão: reformas que garantam o estado de direito, a modernização do setor de Defesa e uma economia vibrante.

"Esses são os passos que a Ucrânia tem que realizar e os conhece bem", declarou.

Zelensky também se sentiu muito decepcionado com a decisão de Biden de retirar as sanções contra o gasoduto Nord Stream 2, do gigante energético estatal russo Gazprom.

A Casa Branca afirma que continua preocupada com as implicações geoestratégicas do gasoduto, que transportará gás natural entre Rússia e Alemanha, evitando a rota anterior através da Ucrânia. Biden argumentou que o projeto já estava quase concluído quando assumiu o cargo e não poderia mais ser interrompido.

As limitações do relacionamento foram claramente ilustradas em junho, com a rejeição do pedido de Zelensky de se reunir com Biden antes de realizar uma cúpula no final daquele mês com o presidente russo, Vladimir Putin, em Genebra.

Mísseis antitanque -

Concentrando-se em resultados mais concretos e de curto prazo, Zelensky se reuniu com o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, na terça-feira para solicitar ajuda na luta desigual da Ucrânia com a Rússia.

As negociações aconteceram um dia depois que as últimas tropas americanas deixaram o Afeganistão, encerrando a guerra mais longa da história dos Estados Unidos e após a queda diante do avanço do Talibã do governo afegão, que teve quase 20 anos de apoio de Washington.

Austin garantiu a Zelensky o compromisso dos Estados Unidos de exigir que a Rússia "pare de perpetuar o conflito" no leste da Ucrânia e deixe a Crimeia, a península ucraniana que Moscou anexou em 2014.

"Continuaremos a apoiá-los em face da agressão russa", disse Austin, que anunciou um novo pacote de US$ 60 milhões para Kiev que inclui sistemas antitanque Javelin.

Austin acrescentou que os Estados Unidos prometeram US$ 2,5 bilhões para a defesa ucraniana desde 2014, quando a Rússia interveio em uma Ucrânia cada vez mais orientada para o oeste.

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